Neste dia 30 de maio comemora-se o dia do decorador. Apesar de ter caído em desuso, o nome refere-se ao profissional que trabalha como design de interiores, ou seja, o designer de interiores (nome mais comum atualmente).  

Esta data é para homenagear este profissional que definitivamente conquistou seu espaço nos últimos anos. Isso porque anteriormente, muitos decoradores eram arquitetos de formação. Entretanto hoje, já temos cursos de formação específicos para a área. Sendo assim, mesmo que ainda falemos de profissionais que trabalham juntos, temos duas funções distintas. 

Aproveitando este dia do decorador, traremos algumas das principais tendências de 2022 na área do design de interiores. Estas, segundo especialistas, deverão seguir em alta nos próximos anos. 

Design de interiores: os efeitos da pandemia na decoração 

Certamente o grande influenciador das tendências no design de interiores foi a pandemia da Covid-19. O fato de por mais de dois anos as pessoas terem de passar grande parte do seu tempo em casa, modificou sua visão em relação ao ambiente.  

Atualmente as pessoas buscam elementos como aconchego e funcionalidade, mas sem esquecer dos elementos naturais. Além disso, o home office também influenciou na forma como são pensados os ambientes, pois busca-se uma forma de fazê-los os mais agradáveis possíveis para se trabalhar.  

Inclusive isso gerou um movimento, segundo a WGSN, de fazer ambientes no trabalho que ofereçam maior dose de hospitalidade a seus funcionários. Chamado de “workspitality” (alcunha criada pela agência Apha Kilo), ele busca oferecer experiências marcantes para os trabalhadores, de forma a motivá-los a voltar ao trabalho presencial.  

Já para o dia a dia, temos como destaque essas tendências: 

Estilo Comfy 

O estilo comfy ou simplesmente “conforto” em português pauta-se em fazer uma conjunção de móveis e elementos decorativos incorporados nos ambientes, com o propósito de deixar tudo ainda mais harmonioso. Dentro dele, destacam-se as fibras naturais, iluminação e ventilação natural, almofadas e móveis aconchegantes. 

Além disso, elementos como mantas, tapetes e uma iluminação adequada são essenciais. Este último deve-se ao fato que este estilo pode ser usado também para ambientes de home office. Por fim, podemos citar a predominância de cores claras neste tipo de ambiente. 

Biofilia ou design biofílico 

Junto da tendência da “urban jungle”, que já pode ser vista há algum tempo, temos o design biofílico em ascensão também. A essência dele é inserir a natureza dentro dos ambientes modernos construídos pelo homem.  

Ela parte da questão que o ser humano é biologicamente codificado para se associar aos recursos e aos processos naturais. Ou seja, ela busca melhorar a saúde física e mental, a aptidão e o bem-estar das pessoas.  

Como hoje os ambientes são predominantemente urbanos, com pouca ou nenhuma natureza, trazer esses elementos, o design biofílico busca fazer essa reconexão com a natureza. Entre os exemplos aplicados na prática, podemos citar: 

• Acessos a vistas com natureza. No entanto alguns podem pensar em como fazer isso em um ambiente urbano. Mas a resposta é simples: pensar em áreas de convivências, pátios e jardins para quais as janelas deem acesso; 
• As já citadas iluminação e ventilação natural; 
• Paredes e telhados verdes são ótimas opções, pois além de reduzir o efeito do calor urbano, trazem uma boa opção visual para o ambiente. Aqui também podemos colocar as “paredes vivas” como alternativa. 

Ambientes funcionais 

Talvez uma das grandes mudanças da pandemia, pois muitas pessoas buscam aliar o conforto a praticidade em suas residências. O fato de passarem a maior parte do tempo fora de casa, fazia com que não se atentassem tanto a isso. Contudo, com a mudança forçada de rotina, passou-se a olhar uma forma de tornar os ambientes mais funcionais. 

É comum associarem esse tipo de decoração a apartamentos pequenos, ou studios, que o fazem por necessidade. No entanto, também pode-se implementar ele em locais maiores. Outra coisa que se imagina é que os cuidados estáticos sejam abandonados em prol da funcionalidade, mas isso é um engano. 

A ideia por trás dos ambientes funcionais é fazer uma composição fluída, em que ela ofereça uma sensação de liberdade, além de facilitar o trânsito no local. Além disso, cada elemento no ambiente é cuidadosamente pensado de forma a otimizá-lo.  

Algumas dicas sobre ambientes funcionais: 

• Ambientes e mobiliários multifuncionais – pois de acordo com o espaço, podem aproveitar simultaneamente suas funções. Isso tanto vale para um, como para outro, pois você pode usar sofás-camas, camas-baú, armários com mesas, entre outros; 
• Tamanhos dos móveis – atentar-se ao tamanho adequado dos móveis é fundamental. Isso porque enquanto um móvel muito grande pode atrapalhar a circulação, por outro lado um muito pequeno dará uma sensação de espaço mal aproveitado. Uma alternativa para isso são os móveis modulares, que podem ser comprados em módulos menores, com complementos comprados de acordo com a necessidade. Uma outra vantagem deles é que normalmente são multifuncionais; 
• Nichos e prateleiras – por fim, temos uma opção a grandes armários e guarda-roupas. A ideia é facilitar o acesso a objetos do dia a dia, pois muitos ficam em locais que nem todo mundo pode alcançar. Além disso, de acordo com a organização, também podem servir de elemento decorativo. 

Formas curvas ou design orgânico

Ao contrário da predominância anterior de linhas retas, vemos uma maior procura pelas linhas curvas. Isso vale tanto para móveis, como complementos como tapetes, espelhos, ilhas de cozinha, etc. 

Muitos o chamam de “design orgânico”, pois suas formas remetem às vistas na natureza. Sendo assim, pensa-se nele como uma alternativa aos formatos rígidos vistos na arquitetura urbana. Com isso, resultado é um espaço suave e orgânico que proporciona um clima agradável e seguro. 

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