Frida Kahlo normalmente é um dos nomes mais lembrados no mundo das artes quando o assunto é feminismo. Isso porque seu legado vai além da sua imensa contribuição artística, já que ela sempre foi uma defensora não apenas dos direitos da mulher, mas também de sua liberdade de pensar e agir.
Para entender mais sobre todas essas contribuições e a importância desta icônica artista, podemos conferir em São Paulo, após estreia em Salvador, a exposição imersiva “Frida Kahlo – A Vida de um Ícone”.
A exposição
Em cartaz desde o dia 1 de fevereiro no Shopping Eldorado, ela nos oferece uma experiência diferente da que estamos acostumados, pois ao invés de focar-se apenas nas obras de Frida Kahlo, ela busca trazer aos visitantes uma abordagem com enfoque na vida de artista.
Esta exposição foi criada originalmente na Espanha pela própria Frida Kahlo Corporation, juntamente com a empresa Layers of Reality. Já por aqui a “Frida Kahlo: Uma Biografia Imersiva” é realizada em parceria com a empresa norte-americana Primo Entertainment.
Sua biografia nos é apresentada por meio de coleções de fotografias históricas, filmes originais, ambientes digitais e instalações artísticas, além de música original criada para reproduzir os momentos mais relevantes da vida da artista.
Os detalhes de “Frida Kahlo: Uma Biografia Imersiva”
O tempo estimado para visitarmos todos os dez ambientes é de uma hora e meia. Segundo o produto Rafael Reisman explicou para o portal Terra a ideia deles é “contar a trajetória dela de forma cronológica”. Além disso, ele faz questão de enfatizar que se trata de um evento sobre a artista e não especificamente sobre sua obra.
Os principais ambientes da exposição
Um fato interessante é que não temos obras originais de Frida Kahlo nesta exposição, mas apenas suas reproduções feitas através de projetores. Entre os ambientes, vale mencionar os seguintes:
- O Instante – neste temos uma holografia que reproduz o acidente de bonde que marcou a vida dela para sempre, com consequências irreversíveis;
- O Sonho – o ambiente conta com uma instalação que tenta reproduzir a imaginação e sentimentos de Frida durante a sua recuperação na cama, lugar onde criou grande parte de suas obras. Durante este período ela contava com um cavalete adaptado, que permitia que ela fizesse suas pinturas deitada. Além disso, como havia espelhos no local, foi quando Frida fez muito de seus autorretratos;
- Universo de Frida – fica no salão principal, um dos ambientes mais destacados da exposição (e o maior). Temos aqui uma verdadeira viagem sensorial em 1.000 metros quadrados de telas projetáveis, onde o expectador se mistura às obras enquanto se entrega à profusão de cores e movimento;
- Cadrave Exquis – um ambiente interativo em realidade virtual, inspirada nas obras de Frida e que exploram seu imaginário particular;
- Cabine Fotográfica – este é particularmente interessante, pois possui uma tecnologia capaz de identificar os rostos e, a partir das características de cada um, criar retratos únicos, com técnicas de colagem;
- La Rosita – já neste ambiente, o visitante é convidado a soltar a imaginação e fazer desenhos para deixar sua marca. O local reproduzido aqui é o ambiente em que Frida Kahlo dava aulas de pintura.
Além destes, temos ambientes em que o público terá contato com imagens da infância e da adolescência da pintora. Eles nos possibilitam entender o contexto histórico e biográfico que moldou a personalidade da Frida Kahlo. Também temos outros ambientes cenografados, como o altar dedicado ao Dia dos Mortos e a sessão que recria roupas de Frida.
Um rápido resumo sobre Frida Kahlo
Apesar de ter morrido jovem, com apenas 47 anos, Frida Kahlo teve uma vida muito intensa. Ainda assim, ela sofreu muito na sua juventude, pois teve
poliomielite com seis anos, ficando com uma sequela no pé. Já aos 18, sofreu o citado acidente de bonde, que não apenas a deixou muito tempo de cama, como prejudicou sua saúde pelo resto da vida.
Ironicamente este período foi o que moldou seu lado artista. Sua primeira pintura foi “Autorretrato em um Vestido de Veludo”, dedicado a Alejandro Gómez Arias, seu ex-noivo. Já recuperada, ela contou com uma intensa vida amorosa, que durante muito tempo teve no nome do muralista Diego Rivera seu principal protagonista.
Desde 1928 vinculada ao partido comunista do México, Frida Kahlo conhece alguns nomes importantes do comunismo pelo mundo. Entre eles podemos citar Leon Trotski, a quem ela abrigou em sua casa em Coyoacán, no México, junto com sua esposa Natália Sedova. Além dele, ela também teve contato com Pablo Picasso e Wassily Kandinsky.
Ela viveu seus últimos anos na Casa Azul, onde acabou falecendo, em 1954. Em 1958 o local tornou-se um museu, que se dedica a homenagear a pintora. No total ela fez 143 quadros, sendo que 55 deles são autorretratos.
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Autoria: Departamento de Pesquisa e Cultura ABRA