Uma das frases mais clichês que se usa é a famosa “a vida imita a arte”. Ainda que possa as vezes ter um certo exagero nela, temos diversas pessoas que vivenciaram isso na prática ao visitar um museu, uma galeria, uma exposição e dar de cara consigo mesmo em uma pintura.
Naturalmente o que mais chama atenção neste caso é o fato óbvio de que falamos de pinturas feitas décadas, ou até mesmo centenas de anos antes do nascimento da pessoa.
E hoje vamos mostrar alguns destes casos curiosos da pessoa lado a lado com uma versão sua pintada. Ela se baseia em um fio que tivemos no X (antigo Twitter), que mostrou diversos destes casos.
1 – Retrato de Vincenzo Guarignoni (1572)
O primeiro exemplo ilustra bem o que dissemos acima. Originalmente a obra foi feita durante no século XVI por Giovanni Battista Moroni e retrata Guarignoni, que era de uma família proeminente na cidade de Bergamo, no norte da Itália.
2 – Retrato de Mateo Fernández de Soto (1901)
Temos agora uma pintura de Pablo Picasso, que ele fez em 1901 durante seu “período azul”.
Para quem não sabe, esta fase do pintor espanhol durou de 1901 até 1904 e vem justamente da cor que dominava a gama cromática das pinturas. Ela teve sua origem no suicídio do amigo de Picasso, Carlos Casagemas em 17 de fevereiro de 1901, que o deixou triste e melancólico.
3 – O Jarro Quebrado (1891)
Esta obra é do artista francês William-Adolphe Bouguereau, que foi um dos mais importantes pintores do século XIX.
Ele se notabilizou por explorar muito o erotismo e a sensualidade feminina em suas pinturas, seja através do nu (este sempre no campo mitológico) ou das camponesas, em um contexto da época que elas eram vistas como uma idealização romântica da pureza e da beleza.
Uma curiosidade é que, apesar da vida dura que elas tinham no campo, sempre eram retratadas de forma idealizada, imaculadamente limpas, felizes, despreocupadas e bem-vestidas.
4 – A mulher com Leque (1806-07)
Trata-se de uma obra de Francisco Goya feita no começo do século XIX.
Segundo uma análise de proposta por X. de Salas em 1962, provavelmente se trata da nora de Goya, Gumersinda Goicoechea, nascida em 1788.
A explicação é que temos grande semelhança do modelo com um retrato desenhado e datado de 1805 de Gumersinda Goicoechea. Posteriormente, em 2002, houve a sugestão por parte de J. Baticle, que a modelo era na verdade a cantora Lorenza Correa, nascida em 1773. Entretanto, essa teoria não é mais aceita hoje.
5 – Vigilante de Marte (1630)
A obra é de autoria do pintor holandês Jan van Bijlert e foi um dos importantes nomes daquela que ficou conhecida como a “Era de Ouro Holandesa”, período em que a nação era uma das mais prósperas da Europa, sendo referência no comércio, ciência e arte.
Ele fez parte dos “Caravaggisti de Utrecht”. Este foi um grupo de pintores que eram ou estudaram nesta cidade holandesa e tiveram forte influência de Caravaggio em suas obras.
No entanto, quando ele pintou o Vigilante de marte, ele estava em um momento de transição de seu estilo, provavelmente sob influência de Cornelis van Poelenburgh e adotando um estilo mais classicizante. Neste período suas cores tornaram-se mais claras e seu assunto de suas pinturas, mais elevado, como cenas religiosas, por exemplo.
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Autoria: Departamento de Pesquisa e Cultura ABRA