Atualmente, o estilo predominante na arquitetura e design de interiores é o minimalismo. Entretanto, sabia que existe uma vertente que faz o contraponto a ele? Trata-se do maximalismo, que, nos últimos tempos, voltou a ganhar força e surgiu como uma opção para aqueles que desejam algo mais personalizado para seus ambientes.
Para saber mais, continue a leitura!
Maximalismo: o estilo onde o “mais é mais”
Certamente você já ouviu o termo “menos é mais”, marca registrada do minimalismo. Agora, quando falamos do maximalismo, o que se aplica é justamente o oposto, ou seja, “mais é mais”.
Podemos então dizer que o maximalismo prioriza a abundância, a intensidade e a expressividade.
Por conta dessas premissas, ele começou a ganhar popularidade entre as pessoas, por ser uma opção para aqueles que desejam dar “sua cara” à residência. Coleções, objetos importantes para a pessoa, tudo pode fazer parte do ambiente de forma harmônica.
Isso porque se engana quem pensa que o maximalismo é somente uma acumulação aleatória de objetos. Na verdade, trata-se de uma curadoria meticulosa que engloba uma diversidade de coleções, texturas, cores e padrões.
Origem do maximalismo
O movimento se difundiu nos anos 60 nos EUA por Robert Venturi. Ele segue a frase de seu criador, que na época dizia que “less is bore” (ou “menos é chato”). Ele citou pela primeira vez o maximalismo no livro “Complexidade e Contradição na Arquitetura”, de 1966.
Contudo, o estilo tem raízes bem mais antigas. Entre suas inspirações, podemos citar as luxuosas decorações da era vitoriana e o extravagante estilo Barroco, justamente onde a opulência e a abundância eram celebradas.
Principais características do maximalismo
Talvez o ponto mais importante seja que ele não possui regras, muito menos limitações. Sendo assim, não existe um “manual” para que se aplique o maximalismo em um ambiente.
No entanto, mesmo sem regras, ele possui características distintas que ajudam a identificá-lo:
1 – Cores vibrantes
Esqueça os tradicionais branco e cinza do minimalismo, pois a regra aqui é investir em cores vibrantes e intensas que reflitam a personalidade do morador.
As cores podem ser utilizadas em paredes e nos móveis da casa. O colorido traz vida para o local, além de deixar o ambiente com mais energia e, ao mesmo tempo, muito mais acolhedor.
Aposte também em estampas ousadas como florais, listras e padrões geométricos para adicionar outras camadas visuais aos espaços.
2 – Mistura de texturas e padrões
Uma das características mais marcantes deste estilo é fugir dos padrões tradicionais, trazendo combinações inovadoras. Elementos que, em um primeiro momento, podem não fazer sentido juntos, mas resultam em um ambiente único e harmônico.
Um dos segredos é manter um elemento comum, como uma cor ou tema, que unifique a variedade visual. Neste caso, podemos apostar em uma mistura de tecidos luxuosos, como veludo e seda, com elementos mais rústicos, como madeira e metal, para criar uma sensação de opulência e de conforto ao mesmo tempo.
3 – Nada de espaços vazios
O maximalismo incentiva que as pessoas ocupem ao máximo os espaços disponíveis da casa com algum tipo de decoração. Isso é perfeito para quem deseja exibir as mais variadas coleções, recordações de viagem, livros, entre outros.
As paredes não podem ser menosprezadas. Quadros, artesanatos ou qualquer elemento que faça sentido para a pessoa pode ser incorporado ao espaço. Afinal, o maximalismo preza justamente pela liberdade na hora de compor o ambiente.
Cuidados e dicas para aplicar o maximalismo no ambiente
Ainda que falemos de um estilo que oferece muita liberdade na hora de montar os espaços, é preciso prestar atenção a algumas coisas:
- Ainda que o estilo incentive o excesso, deve-se buscar uma harmonia entre os objetos, para que ele não pareça apenas um local de uma pessoa acumuladora;
- Usar algumas cores ou estilos de referência pode facilitar na hora da construção do ambiente;
- Normalmente, o maximalismo é escolhido para quartos ou salas de estar, mas ele pode servir para todos os ambientes da casa, inclusive o banheiro.
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Autoria: Departamento de Pesquisa e Cultura ABRA