O ano de 2025 será muito especial para o MASP, pois, em março, finalmente o aguardado edifício anexo será inaugurado, sendo a maior expansão da história do museu. Com ele, além das exposições, também teremos espaços para atividades de ensino e laboratório para restauro de obras.

MASP e seu novo prédio anexo. Crédito – MASP
Uma curiosidade é que o edifício anexo receberá o nome de Pietro Maria Bardi. Enquanto isso, o prédio original do MASP será chamado de Lina Bo Bardi, a idealizadora do projeto. Ambos estarão interligados por uma passagem subterrânea.
Por conta disso, teremos uma seleção especial de exposições para o novo complexo neste ano, e aqui destacamos as principais que você poderá visitar.
Histórias do MASP (de 28 de março a 3 de agosto)
Será a primeira exposição no edifício Pietro Maria Bardi e avançará em mais de sete décadas de história do museu. A ideia é relembrar toda a sua trajetória, aproveitando a inauguração do edifício anexo.
Será uma exposição que trará cronológicamente temas como a formação do acervo, as histórias das exposições no museu, sua extensa programação, assim como as transformações na arquitetura de seus edifícios. Somado a isso, a exposição também mostrará como o MASP é um elemento tão presente no imaginário cultural e artístico da cidade.
Pierre-Auguste Renoir (de 28 de março a 3 de agosto)

Retrato de Claude Renoir, 1908 – parte do acervo do MASP
Esta também ficará no edifício Pietro Maria Bardi e será composta pelas obras de Renoir presentes no acervo do MASP.
Com um total de 12 pinturas e uma escultura, elas abordam praticamente toda a carreira do artista francês. Inclusive, Renoir é o artista europeu com mais obras que fazem parte do acervo do MASP. E este será um evento especial, pois desde 2002 elas não eram expostas juntas.
Elas foram adquiridas no que ficou conhecido como o período de grandes aquisições do museu, que ocorreu entre os anos 40 e 50.
Hulda Guzmán convidou a natureza gentilmente (de 11 de abril a 24 de agosto)

Tame Your Dragon, 2016
A artista da República Dominicana conquistou fama por retratar, por meio da pintura, os arredores tropicais e caribenhos, enquanto explora planos, perspectivas e realidades. E tudo isso em obras povoadas por um elenco de seres humanos, animais, plantas antropomórficas e criaturas imaginárias.
Ela ficará localizada no 1º subsolo do edifício Lina Bo Bardi e abordará a relação de Guzmán com a paisagem impressionista, além de destacar sua contribuição ao gênero ao mesclar a paisagem com características arquitetônicas, realismo mágico e muralismo mexicano.
A Ecologia de Monet (de 16 de maio a 25 de agosto)
Será a segunda vez que o artista marcará presença no museu, sendo que a primeira ocorreu em 1997. À época, a exposição “Monet – O Mestre do Impressionismo”, que comemorava os 50 anos do MASP, se tornou a mais visitada na história do local, título que ostenta até hoje.
Só que, desta vez, ela terá como foco o vínculo de Monet com o meio ambiente, que se aprofundou ao longo de sua carreira. A mostra faz parte do programa curatorial do museu para o ano de 2025, dedicado ao ciclo de Histórias da Ecologia.
O pintor, desde o início, já tinha a natureza como plano de fundo, como as cenas marítimas na Normandia. Posteriormente, essa relação se tornou ainda mais forte, como nas muitas pinturas que tinham como tema o seu jardim em Giverny.
Geometrias (de 10 de outubro de 2025 a 1 de fevereiro de 2026)

Beatriz Milhazes: Avenida Paulista, 2020 – parte do acervo do MASP
Em mais uma exposição que marcará presença no edifício Pietro Maria Bardi, a exposição “Geometrias” contará com peças do próprio acervo do MASP que tenham relação com a abstração geométrica.
Entre os destaques nessa mostra, teremos obras de Judith Lauand (1922-2022) e Hélio Oiticica (1937-1980), além de nomes contemporâneos de destaque como Delson Uchôa e Beatriz Milhazes. Além deles, Rubem Valentim (1922-1991) e Alfredo Volpi (1896-1998) também marcarão presença, mas com abordagens menos formalistas da geometria.
Abel Rodríguez: o nomeador de plantas (de 10 de outubro de 2025 a 1 de fevereiro de 2026)

Terraza Alta II, 2018
Trata-se da primeira vez que o artista colombiano terá uma exposição individual no Brasil. Ela ficará no 1º subsolo do edifício Lina Bo Bardi e contará com trabalhos de diferentes momentos de sua carreira, desde obras dos anos 90 até as mais recentes.
Para quem não conhece, Abel Rodríguez nasceu às margens do Rio Cahuinari, na Amazônia colombiana. Seu nome de nascimento é Mogaji Guihu, pois ele vem das comunidades Nonuya e Muinane.
Desde pequeno, seu tio o treinou para ser um “nomeador de plantas”, que nada mais é que:
“Um depositário do conhecimento da comunidade sobre as diversas espécies botânicas da floresta, seus usos práticos e sua importância ritual.”
Contudo, nos anos 90, por conta dos conflitos armados na região, ele fugiu para Bogotá. E, após ter contato com a ONG holandesa Tropenbos, passou a desenhar para registrar e compartilhar suas memórias.
Ele trouxe uma abordagem diferente dos desenhos botânicos originais. Abel, em seus desenhos, usa tanto a aquarela como o grafite para mostrar ciclos, interações entre diversas espécies e a ação do tempo na floresta.
Aprenda sobre a história da arte na ABRA
O que achou dos eventos programados para este ano no MASP? Já se programou para conhecer o novo espaço do museu? E que tal fazer esses passeios culturais, conhecendo muito mais sobre a história destes e outros grandes mestres? Para isso, o convidamos a conhecer nosso curso online de “História da Arte“! Nele, estudamos desde o período pré-histórico, avançando para as civilizações antigas de Egito, Mesopotâmia, Etrúria, Grécia e Roma. Depois, Idade Média, Renascimento, os principais movimentos dos séculos XIX e XX, até chegar ao final da Arte Moderna, que ocorreu por volta de 1960. E aqui, além dos artistas, também destacamos as mais importantes obras de cada época.
Acesse o link e saiba mais!
Autoria: Departamento de Pesquisa e Cultura ABRA
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