A indústria durante muito tempo seguiu o modelo de produção em que o usuário deveria se adaptar ao produto que ela lançava. Ou seja, era bem comum termos longos manuais de instruções para explicar o complicado funcionamento do equipamento. Entretanto, nos últimos anos cresce a adoção do Design Centrado no Usuário (ou DCU) por parte das empresas.
Do que se trata o Design Centrado no Usuário?
Esta metodologia de produção inverte o conceito que a indústria utilizava antes e passa a colocar o consumidor como centro das tomadas de decisão do desenvolvimento de produtos.
A ideia é que ao produzir algo (seja um equipamento ou um programa) ele tenha um uso e uma interface intuitiva, que facilite para o consumidor utilizá-lo sem maiores dificuldades ou sem complexos manuais.
No entanto, o foco do DCU não se limita apenas à facilidade de uso, mas sim em criar um produto que atenda às necessidades do usuário. No entanto, para alcançar esse objetivo, a indústria precisa seguir alguns passos:
- Identificar os problemas: nesta fase é preciso levantar necessidades e entender os pontos de conflitos dos usuários através de pesquisas, observações e entrevistas;
- Criar soluções alternativas: Falamos da fase em que são levantadas hipóteses de soluções para as necessidades levantadas e surgem os primeiros sketchs (ou esboços);
- Construir protótipos testáveis: a partir dos sketchs feitos na fase anterior, agora é o momento de tirar as ideias do papel e criar modelos testáveis do que pode vir a ser o produto final;
- Avaliar com usuários: levar os protótipos para testes com usuários, colhendo as conclusões sobre o que funcionou, que não atendeu às expectativas e o que pode melhorar.
Evite Confusões 1 – DCU x Design Centrado no Ser Humano
Durante a implementação do conceito de DCU, podem surgir algumas confusões com outras metodologias. A primeira delas trata sobre o Design Centrado no Ser Humano e mesmo contando com similaridades, ela tem uma diferença importantíssima para o Design Centrado no Usuário: sua abrangência.
O foco do Design Centrado no Ser Humano é de atender necessidades mais generalistas como: percepções, ergonomia, cognição e sociologia. Por outro lado, o DCU leva em conta particularidades, hábitos e preferências do público-alvo para o qual aquele produto é destinado.
Sendo assim, você pode e deve atender necessidades gerais, mas tendo em vista que o produto em questão para ter um público específico, é preciso fazer uma pesquisa aprofundada para entendê-lo melhor e priorizar o atendimento às suas necessidades.
Evite confusões 2 – DCU x Design de Experiência do Usuário (ou UX Design)
Uma outra confusão bastante comum é confundir o Design Centrado no Usuário com o UX Design. Isso porque falamos novamente de duas metodologias que compartilham similaridades, mas que possuem diferenças que impactam o resultado final do produto.
Primeiramente devemos ter em mente que o DCU é um processo de design que coloca o usuário no centro de tudo, garantindo que as necessidades, desejos e comportamentos dele estejam sempre em consideração durante o desenvolvimento de um produto ou serviço.
Enquanto isso, o UX Design tem como objetivo criação de uma experiência de usuário positiva ao interagir com um produto ou serviço. Apesar de ela tratar de aspectos como a facilidade de uso, a satisfação do usuário e a eficiência na realização de tarefas, sua metodologia pode ser aplicada em produtos já existentes, enquanto o DCU faz isso desde a sua concepção.
Benefícios de adotar o Design Centrado no Usuário
Sempre que pensamos em DCU, a primeira coisa que vem à mente são os benefícios ao consumidor, mas ele não é o único que ganha com a adoção desta metodologia. Isso porque, tanto designers de produto como a própria indústria também têm vantagens ao utilizar esta metodologia. Vamos a seguir falar um pouco sobre as vantagens para cada um:
1 – Para o consumidor
Este é, sem dúvida, o grande beneficiado do Design Centrado no Usuário. As vantagens para ele incluem uma melhoria na qualidade de vida, pois poderá contar com produtos que atendam às suas necessidades de forma mais completa. Além disso, torna a tecnologia mais acessível, permitindo que até mesmo usuários menos experientes possam utilizar o equipamento ou serviço sem grandes dificuldades.
2 – Para o Designer de produto
O designer de produto, ao adotar essa metodologia, passa a enxergar novas oportunidades se abrindo, uma vez que estamos falando de um mercado em expansão. Isso amplia suas possibilidades de atuação.
Trabalhar com o Design Centrado no Usuário também está alinhado com os objetivos de muitos designers de produtos, que buscam simplificar a vida das pessoas. Por fim, é importante mencionar a possibilidade de os profissionais que adotam o DCU contribuírem para as estratégias da empresa, uma vez que a comunicação constante é essencial nesse processo para se alcançar o resultado ideal.
3 – Para a empresa
Obviamente, as empresas também têm muito a ganhar com a adoção do DCU. Para começar, temos a melhoria na qualidade dos produtos, pois eles só serão lançados para o grande público após atingirem o ponto considerado ideal dentro da metodologia do Design Centrado no Usuário.
Além disso, é importante mencionar que, como estamos lidando com um processo mais assertivo, a produtividade da equipe será maior, pois ela não terá que “tatear no escuro”, contando, em vez disso, com uma base consistente de informações para criar.
Outro ponto importante é o aumento do valor da marca, pois esta passará a ser símbolo de um produto pensado para atender precisamente às necessidades do usuário. Isso resultará em um aumento nas receitas e até mesmo em uma redução de custos, uma vez que a margem de erro será menor devido às pesquisas prévias.
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Autoria: Departamento de Pesquisa e Cultura ABRA