A Última Ceia: a obra de Da Vinci que quase deixou de existir Academia Brasileira de Arte -

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Obras simbolizando as passagens bíblicas relacionadas a Páscoa são bastante recorrentes, mas mesmo com muitas delas sendo bem famosas, nenhuma é tão falada como A Última Ceia, de Leonardo Da Vinci. Além de toda a sua importância artística, ela é envolta em muitos mistérios e teorias (inclusive rendendo histórias como o “Código da Vinci”).

Hoje aqui vamos tanto trazer os aspectos artísticos, como curiosidades relacionadas a esta icônica obra.

Análise sobre A Última Ceia

Leonardo Da Vinci era um perfeccionista em suas criações e estudiosos acreditam que para fazer A Última Ceia, tudo foi cuidadosamente pensado para estar naquele lugar, especialmente por muitos rascunhos que ele fez antes e durante a pintura. Para começar podemos destacar a figura de Jesus Cristo. Ele está exatamente no centro da obra, com sua cabeça servindo de ponto de fuga, para onde todas as linhas da pintura convergem. 

Já a posição de seus braços forma um triângulo perfeito junto com a cabeça. Acredita-se que isso seja pelo fato de ele querer fazer uma referência a esta forma geométrica, em que a soma de seus ângulos sempre dará 180º.

A feição de Jesus Cristo, que naquele momento está justamente trazendo a revelação que um deles o trairá, é de serenidade. Da Vinci contrastou esta figura em paz com as dos demais apóstolos trazendo gestos e feições que denotavam diversos sentimentos humanos como desconfiança, apreensão, desespero, aflição, incredulidade, espanto, ira, medo, tristeza, entre outros. A ideia é justamente de trazer o choque que a gravidade do fato causou a todos.

Inclusive a distribuição deles é de seis em cada lado, formando quatro grupos de três. Eles são (da esquerda para a direita): Bartolomeu, Tiago Menor, André, Judas Iscariotes, Pedro (cabelo branco) e João (imberbe), Cristo ao centro, Tomé, Tiago Maior, Filipe (também imberbe), Mateus (aparentemente com barba rala), Judas Tadeu e Simão Cananeu também chamado de Simão, o Zelote. 

Um dos muitos esboços de A Última Ceia

Estas informações são do próprio Da Vinci, em um manuscrito de sua autoria encontrado no século XIX. 

O erro de Da Vinci na produção de A Última Ceia

Conhecido como um dos maiores gênios da humanidade, Leonardo Da Vinci tinha por hábito fazer muitos testes e inovações. Quando ele recebeu o pedido de Ludovico Sforza para pintar o afresco na Igreja e Convento Santa Maria Delle Grazie, em Milão, Itália, o artista resolveu fazer diferente do que era costume para este tipo de obra.

Normalmente a pintura do afresco se dá ao aplicar a tinta sobre uma parede com a argamassa umedecida. Contudo, Leonardo decidiu inovar, e aplicou tinta a óleo numa superfície seca. Só que esta escolha se mostrou equivocada, pois pouco tempo depois de pronta a obra começou a descascar. 

Há dúvida sobre os motivos que o levaram a fazer esta opção, mas duas teorias são as mais aceitas: 

  • A ideia de que de fato ele testava uma nova forma de pintar afrescos, além de querer dar um aspecto específico à sua obra. Estas seria a possibilidade de trabalhar com diferentes tonalidades e poder jogar com o claro/escuro, característica de muitas criações de Da Vinci;
  • Uma possível falta de domínio sobre a técnica de pintura em afrescos. Junto a isso, temos a possibilidade de que ele tenha preferido este material pela possibilidade de pintar em camadas, retocando a obra a cada demão.

Os problemas de conservação da obra

Os problemas da escolha de Leonardo Da Vinci para A Última Ceia foram consideráveis, mas a obra também contou com muito azar ao longo dos séculos. Inclusive podemos dizer que o fato de ela estar em pé ainda é praticamente um milagre. Para se ter uma ideia das dificuldades e maus-tratos que ela sofreu, estes são os mais conhecidos:

  • O local onde foi pintado o afresco era o refeitório Santa Maria delle Grazie, com a parede sendo a do lado Norte, que estava mais exposta a umidade. Além disso, estar junto à cozinha dos padres, prejudicou muito sua conservação. Tanto que em 1498, quando Da Vinci estava concluindo a obra, já se podiam ver as primeiras rachaduras;
  • Os monges abriram uma porta no meio da obra durante uma reforma;
  • Durante a invasão de Napoleão no Século XIX, o local foi usado como estábulo pelas tropas francesas;
  • O local foi bombardeado durante a II Guerra Mundial e o complexo de Santa Maria delle Grazie foi quase que completamente destruído. As paredes laterais e o telhado do refeitório não resistiram. Já A Última Ceia, protegida por poucos sacos de areia, ficou em pé. Posteriormente ela foi coberta por um telão, mas ainda passaria alguns anos a céu aberto. Isso a deixou exposta ao sol, chuva e poluição antes que a cidade e seus monumentos fossem reconstruídos.

As muitas repinturas de A Última Ceia

O problema de a pintura descascar fez com que ela passasse por regulares processos de restauro. A situação era tão grave que cinquenta anos após a morte de Da Vinci, Giorgio Vasari relatou que ela “estava tão deteriorada que só se podia ver um emaranhado de pontinhos”

Entretanto, apenas em 1726 A Última Ceia foi restaurada pela primeira vez. Posteriormente seguiu-se numerosas tentativas para repará-la ou preservá-la, algumas causando mais danos que benefícios. Finalmente, em 1976 começou um longo processo de restauro, que durou até 1999 e conseguiu deixar a obra o mais próximo do que era originalmente.

Por exemplo: as cores muito fortes que muitos colocaram, deram lugar a tons mais suaves. Os restauradores chegaram a encontrar sete camadas diferente de materiais por cima da obra original, até mesmo cola estava presente entre o que foi usado nesses muitos restauros. 

Curiosidade sobre A Última Ceia

Por fim deixamos algumas das muitas curiosidades envolvendo A Última Ceia de Leonardo Da Vinci, confiram:

A ausência de auréolas  

Pode chamar atenção o fato que nenhum deles (nem mesmo Cristo), estavam com auréolas. O motivo é que Da Vinci fazia parte do movimento do Catarismo, um movimento cristão que não venerava santos e enxergava Jesus Cristo como um homem comum.

Faca na mão de Pedro

Segundo alguns teóricos, como Pedro é o fundador da igreja, ele representaria o Papa e a faca seria um sutil ataque a essa figura. Isso porque o pintor era desafeto de Alexandre 6º, atual papa da época e o verdadeiro traidor na visão de Leonardo.

João ou Maria Madalena? 

A dúvida surge pelo fato de que São João Evangelista foi pintado com traços andróginos, deixando questionamentos se poderia ser ele ou Maria Madalena. Contudo, como citamos antes, o próprio Da Vinci em seu manuscrito confirma ser João. Ainda assim, alguns seguem alimentando teorias sobre essa possibilidade até hoje.

Da Vinci presente na obra

A hipótese surgiu pelo fato de que a figura de São Judas Tadeu se assemelha ao autorretrato que Leonardo pintou anos depois. Junto a ele, acredita-se que Mateus seja um amigo do pintor, chamado Marsílio Ficino, que traduzia textos de Platão para o latim. 

Inclusive o apóstolo Simão, suspeitam que seja o próprio Platão, pois Seus traços na pintura lembram bastante os de um busto do filósofo grego exibido em Florença.

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