A criatividade é sempre algo que gera muita discussão sobre ser algo inerente a pessoa (leia-se destinado a apenas alguns escolhidos) ou algo presente em toda pessoa. Para entender melhor isso, no entanto, precisamos primeiro ter em mente o que significa “criatividade”?
Podemos definir como uma competência de valor descrita como a capacidade de um indivíduo imaginar, criar, produzir ou inventar conceitos e coisas inéditas.
Tendo em vista essa noção básica, afinal ela surge do nada? É algo que fica restrito a apenas um seleto grupo de mentes brilhantes? Uma coisa que se consegue sem esforço? Vamos falar mais sobre como esse processo acontece.
Elementos que compõem a criatividade
Entre as muitas coisas que envolvem a criatividade e o próprio processo criativo, podemos destacar os seguintes elementos (baseado nas conclusões tiradas em “O DNA do Inovador”):
- Capacidade associativa: primeiramente, a mente criativa busca fazer ligações entre coisas e fatos que muitos não enxergam nenhuma relação. Isso permite, não apenas estimular esta linha de pensamento, mas traz a possibilidade do surgimento de novas ideias.
- Questionamento: quando se diz que os questionadores que mudam o mundo, de fato isso se aplica aqui, pois a criatividade surge também da insatisfação com aquilo pré-estabelecido e da possibilidade de se ver determinada coisa de uma outra forma.
- Ser observador: muitas vezes as ideias surgem dos lugares mais inesperados. Um exemplo seria a roda, que se conta que surgiu através da observação dos troncos que eram utilizados para facilitar o transporte de cargas pesadas, sendo daí que se tirou a ideia de dois discos circulares unidos por um eixo. Ou seja, observar atentamente o mundo a sua volta, também é importante para estimular a criatividade.
- Conversar: discutir ideias com outras pessoas, com visões de mundo diferentes, ajuda a ver as coisas por novas perspectivas, pois dá a ela opiniões diferentes daquelas pré-estabelecidas na sua mente.
- Experimentar coisas novas: por fim, uma parte fundamental é a mente aberta. Exposições, músicas, filmes, desenhos, livros etc. Toda coisa que possa te trazer uma bagagem diferente, que lhe traga experiências e sensações novas, são estímulos fundamentais.
Criatividade: dom ou esforço?
Antigamente acreditava-se que era apenas um dom destinado a poucos. Entretanto, com o tempo e muitos estudos sobre o tema, mostrou-se que não é bem assim que funciona. Para começar, podemos considerar que a própria vida da pessoa já é um acúmulo de experiência que influenciam no processo criativo. Além disso, a busca de novas ideias, conhecimentos, mostra que ela não está apenas esperando uma “luz”, mas sim alimentando seu cérebro, a fim de que essa inspiração venha.
Com isso, já podemos descartar o fato de que a criatividade não demanda nenhum esforço, pois mesmo que seja “apenas” algo mental e não físico, ainda sim existe um gasto de energia grande e um acúmulo de experiências, para que novas ideias surjam. Entretanto, nesse contexto de experiência de vida, temos o outro lado, que é justamente quando esta inibe nosso processo criativo.
Tal fato ocorre muitas vezes com a repressão de ideias “fora da caixa”, que podem vir de diversos lugares por onde a pessoa passou como casa, escola, amigos, etc. Aquela questão de ser mais focado no real, sem deixar a mente livre, o medo do fracasso, do julgamento por ficar “perdendo tempo” com besteiras, são muitas vezes poderosas ferramentas de bloqueio da criatividade. Por isso é preciso que a pessoa pense se os motivos de ela ter travas nessa área, sejam por conta disso.
Processo criativo
Finalmente chegamos ao momento da criação ou da ideia propriamente dita. Vamos analisar como se dá esse processo, tendo em mente tudo visto até agora:
- Preparação – aqui é onde se começa a preparar o ambiente, o material, ou qual elemento for necessário para a criação. Podemos pensar por exemplo quando um pintor começa selecionar seu material como quadro, tintas, pincéis etc.
- Amadurecer a ideia – neste momento, estamos dentro dos elementos que compõe a criatividade e onde o trabalho mental é posto em prática, fazendo associações, juntando e descartando ideias.
- O surgimento da ideia – pode-se dar a qualquer momento, mas normalmente é quando menos se espera. A partir daqui é chegada a hora do indivíduo colocar tudo aquilo que pensou em prática.
- Implementar – enfim, chegamos ao momento em que está tudo pronto, a inspiração já veio e cabe “apenas” transformá-la em realidade.
Como podemos ver, nem só esforço, nem só um dom natural, mas sim uma junção de ambos que faz da pessoa criativa. Por fim é preciso pensar que nem todo mundo manifesta sua criatividade de forma igual. Então procure analisar como a sua funciona e a melhor forma de desenvolvê-la.
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