Edgar Degas: a história de um dos mestres do impressionismo Academia Brasileira de Arte -

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O dia 19 de julho é uma data de grande importância para o impressionismo, assim como para a arte do século XX. Isso porque marca o nascimento de Edgar Degas, que é considerado um dos pais deste movimento. Agora, falaremos um pouco mais sobre sua história e como ele impactou o mundo das artes.

Edgar Degas: um início diferente

Ao contrário do que vemos em muitas biografias de pintores destes períodos, Degas não sofreu resistência por parte de seus pais pelo interesse pelas artes. Desde jovem ele mostrava grande habilidade para o desenho e pintura e contava com o apoio do pai, que sempre foi um amante das artes.

Ele era de uma família rica, com seu pai sendo um banqueiro e a mãe, filha de produtores de algodão nos EUA. Edgar Degas passou por uma grande tragédia ainda aos 13 anos, quando sua mãe acabou falecendo em 1847. Junto com o pai (ele era o mais velho), ajudou a cuidar de seus outros quatro irmãos.

Aos 18 anos, após formar-se na escola Louis-le-Grand, ele chegou a ingressar em um curso de direito. Contudo, paralelamente ele recebeu permissão para fazer desenhos de observação no Museu do Louvre. Durante este período, dedicava-se a copiar obras de pintores como Raphael, Ingres e Delacroix, os quais tinha grande admiração.

Posteriormente, em 1855 com autorização de seu pai, ele deixa o curso de direito e ingressa na Escola de Belas Artes de Paris. No entanto, seus estudos por lá duram apenas um ano, quando ele a abandona e viaja para a Itália.

O encontro de Edgar Degas com o Renascimento e o embrião dos Impressionistas

A viagem para Itália durou três anos e serviu para Edgar Degas aprofundar seus conhecimentos no movimento renascentista. Durante este período esteve em Roma, Nápoles, Assis e Florença, sendo que neste último, visitou sua família, os Bellelli. Esta até rendeu uma obra, em que retratou suas primas, sua tia Laura e seu tio Genaro, mas ele demorou até 1867 para concluí-la.

A Família Bellelli (1867)

Só que o principal desta viagem foram as cópias que fez de grandes mestres do Renascimento, especialmente Michelangelo e Leonardo da Vinci. Além disso, ele também se impressionou com a perspectiva, proporção e outros valores ligados à renascença.

De volta para a França, ele passa a ganhar notoriedade como pintor, mas com um estilo mais tradicional da época. Logo após, ele passou a submeter suas obras ao prestigiado Salon de Paris. Entretanto, lá suas pinturas eram recebidas com grande indiferença.

O ano de 1862 marcou a carreira de Degas, pois foi quando ele conheceu Édouard Manet, durante uma visita ao Louvre. Nessa época ele passou a compartilhar sua visão e acreditar que os artistas deviam buscar novas e modernas técnicas, sem ficar presos ao tradicionalismo.

Essa linha ganha força quando Degas, o próprio Édouard Manet, Auguste Renoir, Claude Monet, Camille Pissaro e Alfred Sisley passam a reunir-se regularmente no Café Guerbois, em 1868. Esses encontros eram para discutir como os artistas poderiam se relacionar com a modernidade. Naturalmente a capital Paris era o palco ideal para isso, com a cultura efervescente da cidade.

Guerra e a ida para os EUA

O grande problema é que a França vivia períodos tumultuados e apenas dois anos depois estourou a Guerra Franco-Prussiana. Edgar Degas era um nacionalista fervoroso e apresentou-se a Guarda Nacional Francesa para lutar. Porém, esse período custou caro para sua visão. Ele já tinha problema na vista, mas ele se agravou durante o conflito, sendo algo que ao fim da vida deixou-o cego.

Finalmente a guerra acabou, mas o período conflituoso na França, não. Uma violenta guerra civil ocorreu durante a disputa pelo poder após a prisão de Napoleão III e da derrota francesa. Para fugir deste novo confronto, Degas vai para Nova Orleans nos EUA, onde a família da mãe vivia, ficando por alguns meses, até que a situação no seu país se estabilizou.

Surgimento oficial dos Impressionistas

De volta para a França, em 1872, ele passa a frequentar as apresentações de balé na Ópera de Paris. Foi a partir daí que nasceu sua grande paixão, que eram as bailarinas, tema que se tornou recorrente ao longo de sua carreira. Um ano depois, junto com outros pintores (muitos deles do grupo que se reunia no café) formam a “Sociedade dos Artistas Independentes”.

O grupo passou a fazer exposições independentes do Salon de Paris, sendo que durante os 12 anos seguintes, foram oito ao total (com a primeira em 1874), com Edgar Degas participando de todas. Foi a partir da primeira destas exposições que o grupo passou a ser conhecido como “Impressionistas”. Já o evento era chamado justamente de “Salão dos Independentes”.

Aula de Dança (1874)

Inclusive, na primeira destas exposições que Degas mostrou suas primeiras obras retratando bailarinas. A paixão dele pelo tema, o fez ganhar fama como “pintor de bailarinas”, pois pintou cerca de mil telas sobre elas. Em relação a isso, o próprio artista falou:

“Chamam-me de pintor das bailarinas. As pessoas não entendem que elas têm sido para mim um pretexto para pintar os tecidos de seus trajes e a representação do movimento que elas realizam, e isso é belo!”

O estilo de Edgar Degas

Edgar Degas tinha um estilo de pintura que se diferenciava muito dos impressionistas, pois enquanto estes gostavam de fazer pinturas ao ar livre, ele o fazia sempre dentro de seu ateliê. Isso porque eles gostavam de observar o efeito da luz nas paisagens, com muitas sendo espontâneas.

Ao contrário deles, Degas fazia estudos, croquis, tirava fotos, estudava palco e atmosfera do teatro para pintar suas bailarinas. Mas mesmo com algumas divergências, havia similaridade com o estilo impressionista, que dava muito valor à questão da luz e do movimento.

Mesmo com o crescente problema de visão, o artista mostrou-se versátil com o uso de materiais. Usou guache, gravura, litografia, escultura, fotografia e pastel, sendo que esta última virou uma das suas grandes marcas.

É interessante observar no caso dos Impressionistas, que eles não tinham um senso comum ou mesmo um manifesto sobre que estilo seguir, mas ainda assim compartilhavam similaridades em suas obras. Aliás, o próprio Degas não gostava do rótulo e sempre se definia como um artista independente.

Seus temas favoritos, além das bailarinas, eram as mulheres e o ambiente social francês (tendo aqui traços do realismo). Só que as mulheres nuas tiveram um capítulo especial na arte de Degas, quando ele virou o assunto da última exposição impressionista, em 1886, com uma dezena de telas sobre o tema. As críticas foram controversas, com elogios, mas com críticas pesadas.

Le Toilette, pastel sobre papel (1886)

O uso do pastel, esculturas e os últimos anos do artista

Por conta do seu problema de visão, suas obras passam a contar com menos detalhes, mas ao mesmo tempo o uso do pastel passa a ficar mais frequente. Juntamente com isso, ele passou a investir em esculturas, também de bailarinas.

Edgar Degas tornou-se um colecionador de arte, adquirindo diversas obras de grandes nomes como Cézanne, Van Gogh, Manet, Gauguin e Pissarro, contemporâneos que ele admirava. Ele comprou de pintores mais antigos como Delacroix e Ingres, pois estes, ele considerava como mestres e fonte de inspiração.

Edgar Degas expôs a primeira escultura de bailarina no ano de 1881. Já em 1886, no último dos salões dos independentes, ele levou uma série com 73 delas em bronze. Apesar de conseguir bons valores em dinheiro com suas obras, em 1912 chegou a ser despejado de seu ateliê, onde ficou por 23 anos.

Essa fase difícil, somada a sua cegueira, fez com que passasse os últimos anos com forte depressão, pois se ressentia da falta de dinheiro. Morreu em Paris, na França, no dia 27 de setembro de 1917.

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