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Comemorou-se no dia 14 de fevereiro o “Dia de São Valentim”, que no resto do mundo é também o Dia dos Namorados, diferente do Brasil, que é em 12 de junho. Para aqueles que ainda querem comemorar a data com um bom passeio cultural, já está em São Paulo a exposição “Marc Chagall: Sonho de Amor”, que estará até 22 de maio no CCBB (Centro Cultural Banco Do Brasil), após passagens por Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. 

Hoje, para além de trazer mais detalhes sobre a exposição, falaremos um pouco sobre o lado poeta, sobre Marc Chagall pintando o amor e também seu estilo único.  

 

Marc Chagall: Sonho de amor 

Originalmente esta exposição tem a curadoria da crítica de arte espanhola Lola Durán Úcar. Quem a trouxe para o Brasil foi Cynthia Taboada, através de sua empresa, a Cy Museum. Ela a viu em 2019, quando esteve em Nápoles, na Itália. Porém, lá tínhamos um total de 179 obras, mas aqui chegamos a 191, com a concessão de doze trabalhos presentes em instituições brasileiras, como o Masp, a Casa Museu Ema Klabin e o Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP). 

Buquê de Flores sobre o fundo vermelho, de 1970 (fonte: CCBB)

No total, a exposição conta com quatro módulos diferentes, sendo os seguintes: 

  1. Origens e tradições russas – Apesar de durante boa parte de sua vida, Chagall ter vivido fora de sua terra natal, ele continuou a ilustrar estes momentos até sua morte. São quadros que trazem entre outros temas as lembranças da infância, das orações, do trabalho manual e dos animais do campo. São homenagens a cidade de Vitebsky, aldeia no antigo Império Russo, hoje Bielorrússia; 
  1. Mundo Sagrado – Já aqui temos trabalhos relacionados ao mundo espiritual e a bíblia, pois graças a sua origem judaica, ambos temas foram grande fonte de inspiração para o artista; 
  1. Um poeta com asas de pintor – Neste ele faz referência à denominação que o intelectual americano Henry Miller lhe deu. Pois aqui o destaque fica para as obras de quando ele voltou do exílio dos EUA para Paris, em 1948. Os temas são cenas de artistas circenses e da vida na cidade luz; 
  1. O Amor que desafia a força da gravidade – Por fim, temos diversas pinturas em que Marc Chagall destaca o amor. E ele o celebra a partir das pinturas com cores vivas de flores e também de casais enamorados. Apesar de falecer de forma prematura, em 1944, sua esposa Bella Rosenfeld seguiu sendo uma de suas principais inspirações. 

 

Marc Chagall, o poeta 

Na exposição, não encontramos apenas quadros, mas também a tradução de um total de trinta poemas escritos por Marc Chagall. Eles servem, junto com a própria temática do amor, como uma espécie de fio condutor entre as seções, já que eles também auxiliaram na escolha da curadora para as obras. 

Entretanto, será apenas na mostra de CCBB de São Paulo, que teremos todos estes poemas traduzidos. Isso porque nas demais, apenas um estava presente na exposição: Seul est mien (traduzido como “Só É Meu”). Um fato interessante é que alguns deles estão transcritos na parede do local. 

Já para o poema Seul est mien, há um local especial no subsolo onde será exibido um vídeo animado inédito, inspirado nele. Todos os poemas presentes foram tirados do livro Poèmes, de 1968, e traduzidos pelo pesquisador Saulo Di Tarso. 

 

Seul est Mien – tradução do poema feita por Manoel Bandeira

“Só é meu o país que trago dentro da alma” (seu nome completo é “Seul est mien le pays qui se trouve dans mon âme”) 

Só é meu 

O país que trago dentro da alma. 

Entro nele sem passaporte 

Como em minha casa. 

Ele vê a minha tristeza 

E a minha solidão. 

Me acalanta. 

Me cobre com uma pedra perfumada. 

Dentro de mim florescem jardins. 

Minhas flores são inventadas. 

As ruas me pertencem 

Mas não há casas nas ruas. 

As casas foram destruídas desde a minha infância. 

Os seus habitantes vagueiam no espaço 

À procura de um lar. 

Instalam-se em minha alma. 

Eis porque sorrio 

Quando mal brilha o meu sol. 

Ou choro 

Como uma chuva leve na noite. 

Houve tempo em que eu tinha duas cabeças. 

Houve tempo em que essas duas caras 

Se cobriam de um orvalho amoroso. 

Se fundiam como o perfume de uma rosa. 

Hoje em dia me parece 

Que até quando recuo 

Estou avançando para uma alta portada 

Atrás da qual se estendem muralhas 

Onde dormem trovões extintos 

E relâmpagos partidos. 

Só é meu 

O mundo que trago dentro da alma. 

 

Um artista dedicado a retratar o amor 

Talvez poucos artistas tenham tido o amor como tema tão central de suas obras como Marc Chagall. Inclusive ele tem muitas frases interessantes sobre como ele norteava sua obra: 

  • “Só o amor me interessa, e eu estou apenas em contato com coisas que giram em torno do amor”
  • “Nas artes, como na vida, tudo é possível desde que se baseie no amor”
  • “Em nossa vida há uma única cor, como na paleta de um artista, que fornece o sentido da vida e da arte. É a cor do amor”

E isso pode ser visto de diversas formas na sua rica obra. Por exemplo: as cores que ele utilizava, sempre eram muito vivas, o que acaba sendo um de seus elementos mais marcantes. Até mesmo sobre ela, ele também tinha uma frase muito interessante: 

“Se toda a vida se move inevitavelmente em direção ao seu fim, então devemos, durante a nossa, colori-la com nossas cores de amor e esperança.” 

As Velas de casamento, de 1945

As cores mais presentes em suas obras são: azul, vermelho e amarelo. Depois destas, temos branco, um pouco de verde e violeta. Só que estas cores vivas são uma influência direta de sua mudança para Paris.  

Ao chegar lá, impressionou-se pela luz e pela cor. Não apenas as luzes em Paris, mas também a luminosidade do campo francês (que ele nunca vira enquanto morou na Rússia) transformaram sua pintura. As cores se tornaram brilhantes, como se tivessem sido inundadas de luz a partir daquele momento. 

 

O estilo inclassificável de Marc Chagall 

Apesar de para muitos ele ser um dos precursores do surrealismo, ele nunca fez questão de aderir a nenhum movimento, pois ele dizia que “Não quero ser como todos os outros, quero ver um mundo novo.” Ele até mesmo recusou um convite feito para entrar formalmente neste movimento.  

O seu desenvolvimento foi único, pois quando chegou à Paris, ela era uma espécie de “Meca do mundo da arte”. Dessa forma, ele teve contato com os estilos da vanguarda moderna, como o Cubismo, o Fauvismo, o Orfismo, o Expressionismo e o Simbolismo. 

O Violinista, de 1912-1913

Entretanto, ele não aderiu especificamente a nenhuma delas. O que ele fez foi: absorver elementos plásticos dos diversos movimentos de vanguarda e os combinar com seu próprio cunho folclórico. Sendo assim, ele conseguiu criar uma linguagem pictórica própria e inconfundível.  

Para ele era importante deixar o espírito sonhador de sua alma completamente livre e até por isso ele não se conformava em seguir regras ou teorias rígidas da arte. Até por conta disso, colocam que seu estilo de pintura é “inclassificável”. 

 

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