Nanquim: a tinta milenar que se usa no mangá Academia Brasileira de Arte -

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Pensar em tinta nanquim para muitos remete aos mangás, um dos principais representantes desta técnica nos dias de hoje. Só que seu uso vai muito mais além, sendo bastante presente nas mais diversas áreas, como em pinturas e escrita. Hoje falaremos um pouco mais dessa origem, sua composição e materiais de utilização. 

Nanquim e sua origem na cidade chinesa que lhe dá nome

O significado de Nanquim (ou Nanjing em chinês) é “capital do sul” e servia como uma oposição a Pequim (ou Beijing, em chinês, que significa “capital do norte”). A cidade é até hoje uma das mais importantes da China, tendo sido sua capital em vários momentos da história. Além disso, é justamente de lá os primeiros registros sobre a tinta que leva seu nome. 

Eles datam ainda de 2 mil a.c., com registros dela em manuscritos da época. Posteriormente ela também chegou ao Japão, onde sua versão mais barata chamada “sumi” se popularizou mais, ganhando inclusive uma nova composição, diferente da chinesa. 

É importante destacar que Nanquim também foi um importante estilo de arte chinês. Ele surgiu no século IX e foi o padrão artístico do país até o século XVII. Ele se difundiu na Europa no século seguinte até finalmente chegar na América do Sul no século XX.  

Apesar de ser feito usando a tinta Nanquim, o nome do estilo veio por conta da cidade também. Inclusive com ela sendo por muito tempo, seu principal centro difusor. Ele usava como tema principal a pintura shan shui (água e montanha).  

Além disso, era geralmente monocromático e contava com um detalhe curioso: ele não tinha por objetivo ressaltar com exatidão uma paisagem, mas sim uma “emoção ou atmosfera” que representasse o “ritmo” da natureza. Por fim, ele também era conhecido como “escola do sul” (uma oposição ao estilo do norte, que tinha como tema figuras humanas). 

A composição da tinta Nanquim 

Sua composição contou com evoluções ao longo da história. Primeiramente, se obtinha o material a partir da tinta preta liberada por moluscos octópodes, como polvo e lula, sendo essa a principal forma de fazê-la por muito tempo.  

Posteriormente ela passou a ser feita da forma que conhecemos hoje. Foi em 1856 com William Henry Perkin, sendo ele conhecido como desenvolvedor dos primeiros corantes sintéticos. Graças a isso, o Nanquim passou a ser feito sinteticamente através de combustão parcial de compostos orgânicos como o acetileno e o metano, originando o “negro de fumo”, que falaremos a seguir. 

O nanquim, assim como outras tintas, possui três componentes básicos:  

  • Pigmentos ou corantes que dão cor as tintas – no caso do Nanquim, é um pó escuro conhecido como negro de fumo ( outros nomes comuns são: fuligem ou pó de sapato). Esta é uma das variedades mais puras do carvão e também usa-se para pigmentação de graxa para sapatos, pneus, artefatos leves de borracha, tintas para impressão, etc; 
  • Aglutinantes – o mais comum no nanquim de origem chinesa é a gelatina. Contudo, vale ressaltar que além dela, usa-se também a goma arábica na composição da tinta; 
  • Solvente – o solvente do nanquim é a água. Ela assemelha-se a aquarela, pois para conseguir tons de cinza, basta adicionar mais água. 

Já em relação ao tipo de Nanquim encontrado no mercado atualmente, temos dois tipos: 

  • Nanquim sólido – vem em barra e se obtém a tinta ao friccioná-la com água sobre uma pedra especial de textura fina e cor preta para conseguir a forma líquida; 
  • Nanquim líquido – é o mais comum que encontramos no mercado e já está pronto para o uso. 

Materiais mais usados 

Apesar de utilizarmos alguns materiais comuns a vários outros estilos, o nanquim também conta com alguns materiais próprios. Muitos deles servem de forma a dar um melhor acabamento a sua arte. Entre os principais materiais podemos destacar: 

  • Bico de pena – normalmente feita com corpo de madeira e pontas de metal. Os tamanhos e espessuras da última variam de acordo com o modelo. Seu funcionamento é o seguinte: ao mergulhar sua ponta em um pote, um pouco de tinta fica armazenada nela. Em seguida, ao aplicar uma leve pressão contra o papel, ela escorre para a ponta. Dentre os materiais é visto como o mais artístico e que exige mais experiência, pois a grossura da linha, depende do quanto se pressiona o bico. Contudo, ela também é a mais trabalhosa, pois pela sua forma de uso, é necessário reabastecê-la constantemente; 
  • Caneta técnica – como o nome diz, é muito comum seu uso em desenhos técnicos tanto de design, como arquitetura. Ela vem com um compartimento de tinta recarregável. Ou seja, ela dá mais autonomia ao usuário, que não precisa constantemente mergulhar a ponta para recarregar. Entretanto, ela não tem a versatilidade de grossura do traço (são pontas numeradas), além de exigir o cuidado de sempre limpá-la, para que o nanquim seco não a entupa; 
  • Canetas descartáveis – seguem o modelo similar ao da técnica, mas não podem ser recarregadas; 
  • Outros materiais – indo ao estilo mais clássico, temos os pincéis, além dos bambus, que até hoje são de uso comum para escrever ou desenhar com nanquim.  

Como usar a tinta Nanquim 

Ela não é um tipo de tinta fácil de usar, pois conta com características muito particulares. Por exemplo: por ser de secagem rápida, é mais difícil corrigir um erro quando se pinta ou desenha com ela. Sendo assim, ela é considerada uma técnica de precisão.  

Ainda assim, não é impossível corrigir, mas é bem trabalhoso. Isso porque para se arrumar um traço, é necessário aplicar uma camada espessa de outra tinta ou um corretivo para cobrir a área. Posteriormente, pode-se aplicar novas camadas de tinta sobre a área seca, sem alterar o traço original. 

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