Quadrinhos no Brasil: do Império ao Gibi - Academia Brasileira de Arte Academia Brasileira de Arte -

Enviando Formulário...

Apesar do espaço mais reduzido por conta das comics e da grande quantidade de mangás que chegam regularmente no país, os quadrinhos brasileiros seguem tendo seu destaque. Especialmente hoje pela Turma da Mônica (que continua sendo a “intrusa” entre os mais vendidos no Brasil), as HQs produzidas aqui têm uma história riquíssima, de até antes da república.

Primeira história em quadrinhos no Brasil: mais de um século e meio de história

Até pelo fato de muitos terem sido descontinuados, às vezes a impressão que temos da história em quadrinhos no Brasil é que elas são mais recentes. Entretanto, a realidade é muito diferente, pois a primeira HQ que se tem registro é de 1869. Sim, ainda nos tempos do império e por um estrangeiro radicado no país.

Seu nome era Angelo Agostini. Ítalo-Brasileiro, é considerado o primeiro quadrinista do Brasil. Ele chegou ao país em 1859 e tinha um estilo diferente dos chargistas da época, pois seu desenho não era caricatural, mas com características acadêmicas e pretensões mais realistas. A princípio, ele fazia sátiras à guerra do Paraguai, que inclusive é marca até hoje dos principais cartunistas BR.

Posteriormente, em 1869, quando trabalhava na revista Vida Fluminense, criou aquela que seria a primeira história em quadrinhos do Brasil. Chamada “Nhô Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte”, ela retrata caipiras recém-chegados à cidade que convivem ao mesmo tempo com um mundo que cresce à margem da corte e com toda sorte de entidades da mitologia rural brasileira.

Em 1876 ele funda a Revista Ilustrada, primeira com autonomia de imprensa no império. Nela ele publica seu segundo grande sucesso: “As Aventuras de Zé Caipora”. Com uma história com um tom mais tragicômico, é vista como a primeira a ter um personagem fixo a ser publicada aqui.

O Tico-Tico: a primeira revista para público infanto juvenil do Brasil

Com a virada do século, chegamos a 1905 e o lançamento da revista “O Tico-Tico”. Com diversos grandes nomes da época, como Renato de Castro (que concebeu a revista) e o jornalista Luís Bartolomeu de Souza e Silva, que estava à frente do projeto, ela tornou-se a primeira dedicada ao público infanto-juvenil. Ao contrário do que se pode imaginar, ela não tinha apenas histórias, mas diversas atividades também.

Além do próprio Angelo Agostini, que fez o letreiro da revista e quadrinhos infantis para ela, ao longo da história, contou com diversos personagens marcantes dos quadrinhos brasileiros.

Contudo, aqui falamos de nacionais e internacionais, porque em determinado momento ela publicou histórias estrangeiras também.

Entre os autores brasileiros, destacamos:

• Luís Sá – criador dos personagens “Bolão”, “Reco-Reco” e “Azeitona”;
• José Carlos de Brito e Cunha (ou J. Carlos) – criador de Juquinha, Jujuba, Borboleta, Lamparina, Gury, Carrapicho, Cartola e Goiabada;
• Max Yantok (pseudônimo de Nicolau Cesarino) – que deu vida a “Kaximbown”;
• Alfredo Storni – autor de “Zé Macaco.

Sobre os títulos internacionais, alguns que passaram pelas páginas foram Gato Félix, Popeye, Mickey Mouse e até Superman.

Anos 30 e o boom das histórias em quadrinhos no Brasil

Sem grandes concorrentes durante seus primeiros anos, a revista “O Tico-Tico” viu nos anos 30 o surgimento do “Suplemento Juvenil”, que acompanhava o jornal A Nação e posteriormente a chegada do “Globo Juvenil”, no jornal O Globo.

O idealizador do primeiro foi Adolfo Aizen, considerado o “pai dos quadrinhos do Brasil”. Ele trouxe a ideia baseado no que se publicava nos jornais de Nova York, onde tal suplemento já era sucesso. No entanto ele chegou a oferecer a ideia a Roberto Marinho, que na época recusou, mas depois lançou sua própria versão.

Tal fato levou Aizen, um soviético naturalizado brasileiro, a lançar “O Lobinho” (conta-se que este nome era para impedir Marinho de lançar “O Globinho”) e a revista “Mirim”. Ambas traziam personagens estrangeiros e foram responsáveis pela introdução de diversos heróis das comics estadunidenses como Mandrake, Tarzan, Dick Tracy, O Sombra, O Fantasma, Flash Gordon etc.

A Revista “Mirim”, de 1937, introduziu o estilo Comic Book no Brasil. Este é o formato das revistas que já circulavam nos EUA, inclusive aqui chegavam os heróis “Pulp”, marca da era de ouro das Comics. Foi também a primeira a trazer história completas no Brasil, pois antes nos suplementos apenas as tínhamos por capítulos.

O surgimento do Gibi

Como forma de concorrer novamente com Aizen, o Grupo Globo lançou a revista chamada “O Gibi”. Ao assinar com a King Features Syndicate um contrato de exclusividade, trouxe os personagens da concorrente para suas páginas. Sendo assim, conseguiu tomar o protagonismo no setor, até com aumento das tiragens semanais, que eram duas e passaram a ser três.

Inicialmente o termo “Gibi” significava “menino, moleque”, mas com o tempo seu significado mudou.

Atualmente o termo é usado para definir histórias em quadrinhos brasileiras. Contudo é importante destacar que o foco delas era de heróis e personagens estrangeiros. Voltaríamos a ver um personagem feito por quadrinista brasileiro se destacar, apenas na década de 40. Mas isso é história para outro texto!

Aprenda HQ e Mangá na ABRA

Gostou do assunto? Conheça tudo e mais um pouco sobre HQ e Mangá na ABRA. Temos opções de cursos presenciais e Ead ao vivo. Faça sua matrícula agora mesmo!

×

Curioso(a) para desvendar os segredos da Inteligência Artística? Nosso e-book exclusivo, "EXPLORANDO O MUNDO DA IA - INTELIGÊNCIA ARTÍSTICA," está repleto de insights e conhecimentos profundos sobre como a IA está transformando o cenário artístico.

Queremos compartilhar esse tesouro de informações com você!

Basta preencher o formulário abaixo para baixar o e-book e começar a jornada de descoberta:

Mas espere, há mais! Além de receber seu e-book, convidamos você a mergulhar em nossos cursos que abrangem a interseção empolgante entre a criatividade e a IA. Prepare-se para expandir seus horizontes e criar de maneira inovadora.

Não perca a oportunidade de explorar a IA e suas possibilidades artísticas. Preencha o formulário e desbloqueie o acesso ao e-book e ao mundo de criatividade que o espera!

×

Regulamento da Campanha – ABRA.ia – Inteligência Artística

ABRA IA – Inteligência Artística

Em uma era digital mergulhe na sua criatividade
Período 01/08/2023 até 30/09/2023

 

1. Bolsas de estudo integrais para indicações:

Os participantes que comprarem um curso presencial e indicarem outra pessoa que também efetuar a compra de um curso presencial serão elegíveis para receber uma bolsa de estudo integral para um curso rápido de sua escolha de acordo com disponibilidade de vagas e datas de início.
Tanto o participante que realizou a indicação quanto o indicado à bolsa de estudo. A bolsa de estudos será concedida após a confirmação do pagamento e matrícula dos dois participantes indicados. Os ganhadores receberão um comunicado da escola informando a disponibilidade da bolsa, assim como os cursos disponíveis e datas de início para a escolha. 

 

2. Compre e Leve: curso de História da Arte online:

Os participantes que adquirirem o Kit de material da ABRA terão como brinde um curso online de História da Arte. O curso online será disponibilizado em até 3 dias úteis após a confirmação do pagamento do Kit de material, a) caso a aquisição seja de um curso de história da arte, deve ser oferecido outro curso equivalente.

 

3. Desconto de 60% em todos os cursos online:

Durante o período da campanha, todos os cursos online terão um desconto de 60% sobre o valor regular.Os participantes poderão se inscrever em quantos cursos online desejarem com o
desconto aplicado. 

 

4. Compre um curso e ganhe outro:

Os 200 primeiros participantes que adquirirem cursos online, terão como brinde acesso a um segundo curso à sua escolha que deverá seguir alguns critérios que são: a) é limitado a 1 curso por pessoa b) a campanha se estenderá até atingir o número de pessoas da estipulado, não tendo prazo definido para encerramento c) caso no período de 60 dias correspondentes a campanha não atinja a quantidade de 200 participantes todos que adquiriram serão contemplados d) é de responsabilidade do participante acompanhar seu e-mail para receber as informações relativas à campanha e) a ABRA não se responsabiliza com a perda de informações enviadas f) o participante que não enviar a opção de curso até a data estabelecida terá seu benefício cancelado. g) o e-mail solicitando a escolha do seu próximo curso será enviado em até 7 dias úteis após a confirmação do pagamento do primeiro curso, através do e-mail disponibilizado na hora da compra h)O acesso ao segundo curso só será disponibilizado após o envio da escolha do curso que siga os critérios descritos neste parágrafo. i) o
prazo para receber o acesso dos cursos é 30/09/2023 j) lista com todos os ganhadores será disponibilizada apenas no fim da campanha. É de responsabilidade do participante acompanhar seu e-mail para receber as informações relativas à campanha. O prazo de resgate da oferta é de 60 dias.

 

5. Bolsa integral de curso online para ação social:

A cada curso presencial adquirido, a ABRA vai disponibilizar uma bolsa integral do curso online História da Arte para um aluno matriculado na rede estadual de ensino médio. A seleção dos alunos beneficiados será realizada em parceria com instituições de educação parceiras. As bolsas serão disponibilizadas ao final da campanha para a instituição de ensino escolhida.