Tomie Ohtake: vida e obra - parte 1 Academia Brasileira de Arte -

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Muitas pessoas ao ver nomes de sucesso ou até mesmo de pessoas com carreira sólida no mundo das artes, sempre pensam nos prodígios, que desde novos tem trabalhado esse talento. Por conta disso, acreditam que “não tem mais idade pra isso” ou que “está velha demais” para começar a pintar, por exemplo. 

Contudo, o que se ignora é que a arte é uma das áreas onde a idade menos importa, inclusive para começar. E é neste contexto que vamos trazer a história de Tomie Ohtake, uma das grandes artistas contemporâneas e que iniciou na área em uma idade que muitos consideram como “tardia”. Mas que não impediu que ela tivesse uma carreira sólida, longeva e que se reinventou até os últimos anos de vida. 

Nascimento no Japão, chegada e permanência no Brasil 

Talvez muitos não saibam, mas Tomie Ohtake não é brasileira, mas sim nascida no Japão, em Kyoto. Outra curiosidade é que ela não era da geração que veio morar no Brasil, buscando um novo país. Na verdade, quando ela veio para cá, seria inicialmente a passeio, para visitar um de seus irmãos, que vivia aqui.  

Entretanto, ela veio em 1936 (então com 23 anos) e acabou ficando por aqui forçada, pois não conseguiu retornar devido ao início da segunda guerra mundial, em 1939. Posteriormente ela se casou com Ushio Ohtake (de quem adquiriu o sobrenome que usaria artisticamente) e fixou residência por aqui. 

Com ele teve dois filhos: Ruy e Ricardo Ohtake, sendo que o primeiro tornou-se um conhecido arquiteto. Já o segundo foi para o campo da comunicação visual.  

O começo tardio de Tomie Ohtake na pintura e as primeiras exposições 

Apesar de até ter se interessado por pintura quando jovem, ela por muitos anos deixou de lado isso. Inclusive após se casar e ser mãe, ela passou um longo tempo apenas cuidando dos seus filhos. Entretanto, tudo viria a mudar quando, na casa dos 40 anos, incentivada pelo artísta plástica Keisuke Sugano, Tomie retornaria ao mundo da pintura.  

Isso foi em 1952 e o artista a fazia pintar cenários realistas, sendo inclusive através destas obras que ela começou a participar de suas primeiras exposições. Neste mesmo ano participa do II Salão Paulista de Arte Moderna. Ela marcaria presença de forma consecutiva até a o décimo (1960) e depois nos de 62 à 64, tendo levado todos prêmios importantes oferecidos nele. 

Obra do início voltado para o realismo de Tomie Ohatke (1952)

Posteriormente (ainda em 53), Tomie Ohtake começou a mudar seu estilo, indo para o abstracionismo, que foi a grande marca da sua carreira. Começam a sair os cenários realistas e naturezas-mortas e passamos a ter obras com formas geométricas e com uma paleta de cores intensa, mas variada. 

Já no ano de 57, ela participa do VI Salão Nacional de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. Posteriormente organiza sua primeira exposição solo, neste mesmo ano, mas na antiga sede do MAM (localizada na rua sete de abril). Ela já conta com um trabalho consistente no campo do abstracionismo, mostrando obras com composições bastante equilibradas. 

Em 1959, ela passa a interagir e trocar reflexões com artistas do grupo Neoconcreto. Inclusive enquanto discute o rumo deles em relação a rigidez geométrica que seguiam, ela também questiona a visibilidade da própria arte. Com isso, ela realiza uma série de pinturas com os olhos vendados. Segundo ela, a ideia era realizar uma simbiose entre os sentidos e diversas sensações. 

A carreira consolidade na casa dos 50  

Próxima da casa dos 50, Tomie Ohtake segue em ascensão na carreira. Ela volta a expor no MAM, agora já localizado no Ibirapuera. Juntamente com essa, ela volta a marcar presença no Salão Nacional de Arte Moderna no RJ. Lá ela recebe o prêmio Isenção do júri, que garante a participação dela nas próximas edições do evento sem precisar passar por nenhum processo de seleção. 

Em 1961 marca presença pela primeira vez na Bienal de São Paulo. Ela participaria de forma consecutiva nos anos de 63, 65 e 67, sendo que neste último recebeu o prêmio Itamaraty. Importante destacar que ela foi uma das que aderiu ao boicote da X Bienal, no ano de 1969. 

                                                                                                                                Obra da fase abstrata de Tomie Ohtake (1969)

Neste período ela começa a trazer mudanças em seu estilo de pintura e nesta fase o que vemos é Tomie Ohtake rasgando papéis coloridos e os compondo na tela em pequenos formatos. Pois é dessa técnica que nascem suas pinturas no período.  

1968 é um ano marcarte para a artista, mas por um motivo diferente: é quando ela se naturaliza brasileira. Posteriormente, ela começa a explorar novas técnicas, como a da serigrafia, através de um conjunto de obras com cores chapadas e justapostas. Junto com elas, pode-se perceber a presença de texturas e sobreposições. 

Como ela optou pelo boicote a Bienal, sua primeira exposição contendo a série de obras com serigrafia, foi exposta na Associação dos Amigos do Museu de Arte Moderna de São Paulo. 

A saída da Mooca e a mudança de estilo de Tomie Ohtake

Após morar por muito tempo na região da Mooca, a artista segue para o Campo Belo, em uma casa projetada por seu filho Ruy Ohtake. Só que a mudança não foi apenas de residência, mas sua arte segue em contante transformação. Por exemplo no ano de 1972, em que cria uma série de litogravuras, explorando desenho, texturas e degradês nelas. 

Litogravura de Tomie Ohtake (1972)

Três dessas obras inclusive são levadas para exposição na Bienal de Veneza. Sua presença em grandes eventos segue aumentando, com ela agora participando do Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM. Ela marca presença nas edições de 1973, 79, 83 e 89.  

Já em 1974, vem outro prêmio: o de melhor pintor do ano, dado pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Mas esta não seria a única vez que ela o venceria, pois ganhou ele também em 79. 

Até o início da década de 80, Tomie Ohtake já era um nome estabelecido no mundo da arte e até mesmo reconhecido lá fora (como as participações em Bienais internacionais mostram). No entanto, ainda não existia o reconhecimento por parte do grande público. Só que isso mudaria a partir de 1983, quando ela marca presença pela primeira vez no MASP. 

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