Aloísio Magalhães: conheça o precursor do design gráfico no Brasil Academia Brasileira de Arte -

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Neste dia 5 de novembro comemora-se o dia do designer gráfico no Brasil. A data também é celebrada ao redor do mundo, mas em um dia diferente: 27 de abril.  

O motivo das datas não baterem, é que por aqui o dia foi escolhido por homenagear um dos precursores do design gráfico no Brasil, Aloísio Magalhães. Por outro lado, no resto do mundo o “World Graphics Day” é uma iniciativa do International Council of Graphic Design Associations (ICOGRADA), que desde 1995 celebra esta data em memória da fundação da instituição, em 27 de abril de 1963. 

Hoje falaremos um pouco mais sobre o homenageado do dia e sua contribuição para a área. 

Aloísio Magalhães: desde sempre relacionado às artes

Ele nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 5 de novembro de 1927. Apesar de formar-se em direito no ano de 1950 pela Faculdade de Direito do Recife, ele seguia com trabalhos mais próximos da arte. Isso porque Aloísio Magalhães participava do Teatro do Estudante de Pernambuco (TEP), onde exercia as funções de cenógrafo e figurinista, além de ser responsável pelo teatro de bonecos. 

Um ano depois, ele recebe uma bolsa do governo francês e estuda museologia em Paris. Porém não é a única coisa que faz na capital francesa, já que também frequentou o Atelier 17, um centro de divulgação de técnicas de gravura onde foi aluno do gravador Stanley William Hayter.  

Ele permaneceu na França por dois anos, retornando em 1953. Já em território nacional, ele passa a dedicar-se à pintura e pesquisa de artes gráficas.  

Gráfico Amador: um dos primórdios do design gráfico no Brasil 

Em 1954, junto com Gastão de Holanda, Orlando da Costa Ferreira e José Laurenio de Mello. Aloísio Magalhães funda a Gráfico Amador. Esta era um misto de ateliê gráfico e editora e tinha como objetivo publicar pequenos textos literários, principalmente poesia, em tiragens artesanais. Neste período ele trabalhou com ícones literários como Ariano Suassuna e João Cabral de Melo Neto. 

Ela tem grande importância histórica, pois exerceu influência significativa sobre o moderno design gráfico do país. Nesse período, o estilo gráfico de Aloísio possui uma leveza e informalidade muito características das artes plásticas Dois anos depois, em 1956 ele recebe nova bolsa de estudos, mas desta vez dos EUA. Lá ele dedica-se às artes gráficas e à programação visual.  

Ficando lá por quatro anos, ele publica, com Eugene Feldman, os livros Doorway to Portuguese e Doorway to Brasília, além de lecionar na Philadelphia Museum School of Art. 

O retorno de Aloísio Magalhães e o início do design gráfico no Brasil

Em 1960, ele retorna ao Brasil para criar um escritório especializado na área em que estudou. Aloísio funda com Luiz Fernando Noronha e Artur Lício Pontual o M+N+P (Magalhães, Noronha e Pontual). Ele é voltado para a comunicação visual e passa a realizar projetos para empresas privadas e órgãos públicos. 

Posteriormente este escritório passaria a chamar-se PVDI – Programa Visual Desenho Industrial, um dos pioneiros no país na área do design gráfico. Em 1963 ele fez parte da criação da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), no Rio de Janeiro. Esta foi a primeira escola superior de design no Brasil e na qual o próprio Aloísio Magalhães deu aulas sobre o tema. 

1964 e os primeiros grandes trabalhos de Aloísio Magalhães 

O ano de 1964 é marcante para Aloísio, pois é quando desenvolve o logotipo do IV Centenário do Rio de Janeiro. Seu trabalho foi o vencedor no concurso e teve grande repercussão nacional. Logo após, ele também faz o símbolo da Fundação Bienal de São Paulo. Vale dizer que ao longo de sua vida, ele fez mais de 170 designs para as mais diferentes marcas e órgãos governamentais.

Os próximos anos trazem alguns de seus trabalhos mais marcantes, por exemplo: temos o primeiro logo da Rede Globo, um cata-vento, para inspirar no número quatro da emissora no Rio de Janeiro. Além deles, temos o design do Unibanco (1965), Light (1966) e Petrobrás (1970).  

Só que talvez um de seus trabalhos mais emblemáticos seja o das cédulas do Cruzeiro Novo, em 1966. Essa obra de Magalhães lhe rendeu muitos elogios devido à inovação que ele utilizou na moeda. Isso porque ele utilizou-se do efeito moiré, que é um desalinhamento reticular, pois assim geraria um efeito óptico de difícil reprodução. 

Posteriormente ele trabalhou no redesenho da nota e trouxe mais inovações, pois trabalhou diretamente na funcionalidade da cédula. A percepção de Aloísio Magalhães foi a seguinte: ele notou que a grande dificuldade era o fato de o dinheiro possuir o lado de cima e de baixo, dificultando assim reconhecer o seu valor.  

Sendo assim, ele teve a seguinte ideia: propôs que as notas possuíssem espelhamento (característica de vários de seus projetos). Portanto, a moeda não tinha mais a distinção de lado de cima ou de baixo. Independentemente da posição que fosse visto, teria a mesma leitura para o usuário. 

Os últimos anos de vida e os trabalhos em órgãos públicos

Nos anos 70, Aloísio Magalhães torna-se membro da ABDI (Associação Brasileira de Desenho Industrial) e representa o Brasil na 1.ª Bienal de Desenho, Gravura e Desenho Industrial em Cali, na Colômbia. 

Ele também coordena o projeto no Centro Nacional de Referência Cultural (CNRC) e permanece como membro do Conselho de Cultura do Distrito Federal entre 1975 a 1980. Contudo, uma de suas atuações mais importantes é a no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em que ele é nomeado diretor, e quando torna-se secretário da cultura no Ministério da Educação e Cultura, ambos no ano de 1979. 

Durante seu período lá, ele trabalhou ativamente na campanha de preservação do patrimônio brasileiro, como presidente e criador da Fundação Nacional Pró-Memória. Um defensor da recuperação da memória artística e cultural brasileira, ele também fundou o Centro Nacional de Referência Cultural, durante seus anos à frente do MEC. 

Ele vem a falecer no ano de 1982, vítima de um derrame cerebral quando tomava posse como Presidente da Reunião dos Ministros da Cultura dos Países Latinos, em Pádua, na Itália. Para homenageá-lo, a Galeria Metropolitana de Arte do Recife passa a chamar-se Galeria Metropolitana de Arte Aloísio Magalhães, em 1982. Posteriormente em 1997, o nome da instituição é alterado para Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam).

 

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