Dia do artista plástico: veja quem foi Almeida Júnior, o homenageado Academia Brasileira de Arte -

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O 8 de maio é uma data especial para as artes no Brasil, pois é quando comemora-se o dia do artista plástico. A data é celebrada desde 1950 e o dia não foi uma escolha feita ao acaso, mas sim foi o nascimento de um dos maiores pintores brasileiros de todos os tempos e o primeiro a retratar o realismo brasileiro. Falamos de José Ferraz de Almeida Júnior, ou simplesmente Almeida Júnior. 

Hoje vamos falar um pouco da vida e da obra deste artista, que apesar de ter morrido com apenas 49 anos, deixou um grande legado na arte brasileira.  

Almeida Júnior e a importância do padre da cidade no início de sua carreira 

Nascido em 8 de maio de 1850 em Itu, São Paulo, Almeida Júnior desde novo mostrava sua vocação para arte. E encontrou no padre Miguel Correia Pacheco, pároco da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, seu primeiro incentivador.  

Ele trabalhava como sineiro lá, mas o padre acabou por contratá-lo para pintar algumas obras sacras. Posteriormente, como forma de ajudar com seus estudos, o pároco realizou uma coleta de fundos para que Almeida Júnior pudesse ir para o Rio de Janeiro para estudar na Academia Imperial de Belas Artes. Com o sucesso da arrecadação, ele conseguiu ir para lá em 1869, então com 19 anos.  

A estada na Academia Imperial, o retorno para Itu e o encontro com Dom Pedro II 

Já na Academia Imperial de Belas Artes, ele teve aulas com grandes mestres da época: Le Chevrel, Victor Meireles e Pedro Américo (este último não confirmado). Durante sua estada, que durou até 1874, ele recebeu diversas premiações, sendo elas em: desenho figurado, pintura histórica e modelo vivo.  

Por fim, em seu último ano lá, ele conquistou a primeira medalha de ouro. Foi durante a Exposição Geral de Belas Artes na Academia Imperial, com a obra “A Ressurreição”, em que ainda trazia como temas de suas pinturas, figuras sacras. Muitos esperavam que ele fosse concorrer a viagem para Europa, mas ele optou por voltar para Itu e lá abrir seu ateliê. 

Durante este período (que durou até 1876), ele passou a trabalhar como retratista e professor de desenho. No entanto, sua carreira passaria por uma grande reviravolta quando em viagem pelo interior paulista, Dom Pedro II viu suas obras.  

Impressionado com o trabalho de Almeida Júnior, o imperador ofereceu pessoalmente a ele custear sua viagem para Europa. Juntamente com isso, ele bancaria uma bolsa de estudos para o artista, sendo que ele poderia optar por ir para Roma ou Paris.  

Finalmente em 8 de novembro de 1876, Almeida Júnior embarca no navio Panamá. Seu destino era Paris, onde se matricularia na École National Supérieure des Beaux-Arts. 

O período na França e a mudança de Almeida Júnior para o realismo 

Ele instalou-se no bairro francês de Montmartre e apenas um mês depois fez sua matrícula na École National Supérieure des Beaux-Arts. Lá ele foi aluno de Alexandre Cabanel e de Lequien Fils. Em meados do século XIX surgiu o movimento do realismo, que era uma contraposição ao romantismo, então predominante na França. 

Almeida Júnior interessou-se pelo movimento, que estava em ebulição e trazia como características a observação da realidade (como contexto social), da razão e da ciência. Juntamente com isso, tinha repúdio a excentricidade e a superficialidade romântica. 

Ele acabou por assimilar o legado de dois pintores franceses referência do realismo: Gustave Courbet (1819-1877) e de Jean-François Millet (1814-1875). Inclusive acredita-se que ele chegou a ter aulas com o primeiro.  

Já estabelecido no país, Almeida Júnior participou de quatro “Salon de Paris” (principal evento artístico do país). Entre 1879 e 1882, ele apresentou algumas das principais obras de sua carreira na capital francesa. Podemos destacar entre elas: O Derrubador Brasileiro e Remorso de Judas (Salon de 1880), A Fuga para o Egito (Salon de 1881) e O Descanso do Modelo (Salon de 1882). 

O derrubador brasileiro, de 1879

Contudo, ele ainda teve outras obras que valem menção também: Arredores de Paris e Arredores do Louvre. Ele ficou até 1882 na França e antes de voltar ao Brasil, fez uma breve passagem por Roma, onde conheceu os irmãos Rodolfo e Henrique Bernardelli. 

A volta ao Brasil e a mudança para cidade de São Paulo 

Já de volta, Almeida Júnior realiza sua primeira exposição individual, justamente na Academia Imperial de Belas Artes, em que mostra sua produção dos tempos que viveu em Paris. Posteriormente ele volta para São Paulo e muda-se para capital, onde abre um ateliê em 1883. 

A mudança foi particularmente importante na evolução dos movimentos artísticos da capital paulista. Isso porque ele ajudou na formação de vários novos talentos da região, entre eles Pedro Alexandrino. 

Durante o período que viveu na capital, além das vernisages para jornalistas e potenciais compradores, ele também realizou pinturas retratando diversos nomes importantes da sociedade da época.  

O ano de 1884 reservou uma segunda exposição de suas obras do período parisiense na Academia Imperial de Belas Artes e uma de suas maiores honrarias: o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa, concedido pelo governo imperial. 

Um ano depois, ele chega a ser convidado por Victor Meirelles para ocupar sua vaga de professor de pintura histórica da Academia, mas ele se recusa, preferindo seguir morando em São Paulo. Inclusive é interessante destacar que boa parte de suas obras seguem na capital paulista, como parte do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.  

Os últimos anos de Almeida Júnior e o crime passional 

Já nos anos de 1890, ele dedica-se quase integralmente a produção de obras com temática regionalista. Destacam-se entre elas Caipira Picando Fumo (1893), Amolação Interrompida (1894) e O Violeiro (1899). Isso fez com que ele fosse considerado o precursor do realismo brasileiro. 

Caipira picando fumo, de 1893

Ele sempre ressaltou o desejo de se distanciar do estilo acadêmico da época, pois buscava fazer uma abordagem mais naturalista. Tanto que nestas obras o que se vê é o cotidiano do homem caipira e a vida de pessoas comuns. Apesar de uma mudança tão radical, ele seguia com prestígio inabalado na Academia, tanto que segue expondo lá as pinturas da sua fase regionalista.  

Durante esta época (entre os anos de 1891 e 96), ele volta a fazer viagens para Europa, sendo a última inclusive na companhia de Pedro Alexandrino. Por fim, em 1899 ele acaba assassinado por seu primo José de Almeida Sampaio. 

Ele era marido de Maria Laura, antigo amor de Almeida Júnior, mas casada com o primo. O crime ocorre após José de Almeida Sampaio descobrir que os dois tinham um relacionamento extraconjugal há alguns anos.

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