A fotografia como forma de arte é um tema que já foi amplamente discutido e que hoje tem poucas vozes contrárias. Só que dentro desse meio, temos artistas que vão além e nos trazem incríveis trabalhos, mesclando a captura de imagens com a tecnologia da edição de imagens. Atualmente um dos principais nomes é o de Erik Johansson, chamado de “O fotógrafo do impossível”.
A trajetória de Erik Johansson: da infância até o trabalho em tempo integral como fotógrafo
Desde novo ele sempre teve três paixões: o desenho, a fotografia e o computador. Nascido em abril de 1985 nos arredores de Götene, na zona rural do meio-sul da Suécia, segundo sua mãe, quando Erik Johansson chegava da escola, ao invés de contar como foi seu dia, ele preferia desenhar os acontecimentos.
O artista conta que o fato de sua avó ser pintora também ajudou nessa paixão pela arte. O interesse pelo computador vem do fato que seu pai tinha um e ele “escapava para outros mundos por meio de jogos eletrônicos”. A fotografia veio por último, quando ganhou uma câmera aos 15 anos.
Foi como um estalo que abriu a ele um mundo novo, pois acreditava que fazer a captura da imagem poderia ser apenas o começo de uma obra e não o seu final.
Aos 20 anos mudou-se para Gotemburgo a fim de estudar Engenharia de Computação na Chalmers University of Technology. Neste momento, começa a fazer suas primeiras experimentações com retoques em fotografias e colocando seus trabalhos online, além de realizar trabalhos para agências de publicidade locais.
Já formado, se muda para Norrköping em 2010 e começa a trabalhar como freelance para diversas agências de propaganda. Já em 2012, vai para Berlim e algum tempo depois para Praga, na República Checa, onde mora até hoje. Desde então trabalha como fotógrafo em tempo integral, tanto com projetos autônomos como comissionados.
Como funciona a criação das “fotos impossíveis” de Erik Johansson
Desenvolver uma de suas impressionantes fotos é uma tarefa bastante complexa para o artista. Tudo começa com pensamento simples, seja uma ideia básica que ele gostaria de capturar ou um aspecto de uma imagem que ele gostaria de criar. Posteriormente ele traça um esboço de sua futura criação.
All Above the Sky
O artista explica que este processo pode levar meses, pois precisa refinar a ideia, além de encontrar e localizar todos os elementos que precisa fotografar para seu trabalho final. Este é um processo bastante interessante da obra de Erik Johansson, ele usa apenas materiais que possa fotografar.
Essa limitação é intencional, é uma forma de estreitar sua visão em relação às criações. Ao contrário do que muitos possam imaginar, as principais inspirações de Erik Johansson para suas obras não são de fotógrafos, mas de pintores. Entre eles, temos Salvador Dalí, M.C. Escher, René Magritte, Rob Gonsalves e Jacek Yerka.
Tornando uma ideia realidade
Como fotógrafo, para criar suas obras, iluminação e perspectiva são cruciais na criação de composições realistas por meio da combinação de imagens. Apesar de buscar fazer a captura dos elementos no local, caso não consiga, o faz em um ambiente controlado.
Self-Suporting
O mais importante é que cada peça desse ‘quebra-cabeça’ possa se encaixar perfeitamente na ideia original do artista e que sejam unidas da forma mais realista possível. Inclusive, é justamente por conta disso que ele só utiliza fotos autorais, pois entende que esse é o segredo para o seu realismo.
Com todas as fotos necessárias prontas, que podem ser dezenas ou até mesmo centenas, chega o processo de pós-produção. Para isso, ele utiliza um software de edição digital, o ‘Adobe Photoshop CC + Lightroom’. Com o programa, ele passa a alterar a imagem digitalmente e criar a ideia.
É essa manipulação que eleva os elementos fotográficos, transcendendo a realidade e acessando um reino que existe para além do imediato. Esse é um trabalho tão complexo que Erik cria apenas cerca de 10 novas imagens por ano.
Os principais trabalhos de Erik Johansson
Ele conta com diversos grandes trabalhos autônomos, comissionados, além de campanhas para diversas marcas famosas. Entre elas, temos: Volvo, Toyota, Google, Microsoft, National Geographic e a própria Adobe. Além disso, ele também já desenvolveu algumas de suas obras e as transformou em NFTs: ‘Go Your Own Road’ e ‘Head in the Clouds’.
NFT: Go Your Own Road
Ele participa de exposições desde 2016. Seus trabalhos já foram mostrados na Suécia, França, EUA, Coréia do Sul, Emirados Árabes, República Checa, entre muitos outros. Por fim, ele também já lançou dois livros: “Imagine” de 2016 e “Places Beyond” de 2019. Ambos os livros apresentam fotografias tiradas por Erik Johansson, contendo imagens inéditas e material do processo criativo.
Um de seus trabalhos para a Adobe
Aprenda Fotografia e Design Digital na ABRA
Gostou destas curiosidades? Já pensou em fazer um curso acadêmico completo, explorando sua criatividade, com acompanhamento individualizado e infraestrutura de ponta em nossa sede? Os cursos presenciais de Fotografia e de Design Digital da ABRA são os mais completos no mercado.
Conheça agora mesmo os benefícios e metodologias dos cursos clicando aqui e faça a sua matrícula agora mesmo!
Autoria: Departamento de Pesquisa e Cultura ABRA