need to implement alt 4 this image

Tempo de leitura: 5 min

Compartilhar

Gibi de Menininha: quadrinhos femininos quebrando paradigmas

Aqui nos artigos da ABRA em diversos momentos destacamos a maior presença das mulheres nos universos das HQs. Assim como também comentamos a diferença em relação aos mangás, pois lá, dentro do gênero voltado a elas, temos tramas dos mais variados temas. Contudo, por aqui ainda estamos alguns passos atrás, tanto que o projeto “Gibi de Menininha” foi um dos mais importantes lançamentos dos quadrinhos brasileiros na última década, quando pensamos no público feminino. 

Aqui nos artigos da ABRA em diversos momentos destacamos a maior presença das mulheres nos universos das HQs. Assim como também comentamos a diferença em relação aos mangás, pois lá, dentro do gênero voltado a elas, temos tramas dos mais variados temas. Contudo, por aqui ainda estamos alguns passos atrás, tanto que o projeto “Gibi de Menininha” foi um dos mais importantes lançamentos dos quadrinhos brasileiros na última década, quando pensamos no público feminino. 

O que é o projeto Gibi de Menininha? 

Trata-se de um compilado de histórias curtas idealizado por Germana Viana e lançado no ano de 2018. O que se destaca nessa publicação é a temática abordada, que fica bem clara ao lermos o subtítulo da produção:

“Historietas de Terror e Putaria” 

O projeto tem um objetivo bem claro para Germana Viana: desafiar o paradigma do tipo de história que temos nos quadrinhos feitos por mulheres. Em conversa com o Omelete, ela explica um pouco mais do intuito dela ao reunir diversas amigas e conhecidas, que assinam as seis histórias presentes na primeira edição: 

“É legal para caramba (temática fofinha), mas não precisa ser necessariamente uma característica da produção feminina. Por exemplo, eu faço ficção científica, aventura e super-heróis, a Camila Torrano só faz terror, a Roberta Cirne só faz terror… Pois então vou fazer um gibi de menininha para quebrar essa ideia de que mulher só faz coisa fofa”. 

E dentro dessa quebra de paradigmas, ela também buscou derrubar outro: o de que mulher não consome histórias eróticas: 

“Todo mundo acha que feminista não gosta de putaria, mas eu sou uma feminista que consumo pornografia. O que a gente não gosta é relação errada de poder. No Gibi de Menininha você não vai ver estupro ou pedofilia”. 

A premiada primeira primeira edição 

Após um financiamento coletivo, o projeto seguiu e foi concluído com um total de seis histórias dentro do Gibi de Menininha, que são:

  • Por Eras e Eras te amarei – roteiro: Carol Pimentel e arte: Roberta Cirne; 
  • Para Sempre (ou um marinheiro que me contou) – roteiro: Germana Viana e arte: Renata C B Lzz; 
  • Doce Inocência: Milena Azevedo e arte: Senhoritas de Patins (Kátia Schittine e Fabiana Signorini); 
  • Fome – roteiro: Clarice França e arte: Mari.Santtos – Comics, arts and Stuff; 
  • A última comitiva – roteiro: Ana Carolina Recalde e arte: Talessa Kuguimiya; 
  • Amarrados – roteiro: Camila Suzuki e arte: Germana Viana. 

Contando apenas com mulheres no projeto, a capa ficou por conta de Camila Torrano, que procurou criar uma arte bastante provocativa para a edição. Apesar de ter um foco para o público feminino, a obra teve grande aceitação do público masculino, como destacou Germana Viana.

Além disso, o reconhecimento também veio em forma de premiações, com o prêmio Angelo Agostini de Melhor Lançamento de 2018 e Troféu HQ Mix na categoria Melhor Mix. Tamanho sucesso fez com que Germana Viana desse continuidade ao projeto, que já conta com mais duas edições.

Gibi de Menininha: expandindo horizontes 

Aproveitando o sucesso da primeira edição, no ano seguinte tivemos o “Gibi de Menininha 2: O Faroeste é mais embaixo”. Segundo Germana Viana, o intuito nesta nova edição foi explorar uma temática sempre muito associada aos homens: velho oeste.

Ele também contou com seis histórias (uma bônus), 13 quadrinistas e capa da Camila Torrano. Além disso, tem as seguintes histórias:

  • Sob nova direção - roteiro de Dane Taranha e arte de Sueli Mendes; 
  • Monstros de Verdade - roteiro de Clarice França e arte de Renata CB Lzz; 
  • Luna de Sangre - roteiro de Camila Suzuki e arte de Roberta Cirne; 
  • Delilah, a Rubra - roteiro e arte: Katia Schittine e Fabiana Signorini; 
  • Mato a Cobra e Mostro o Pau: roteiro de Milena Azevedo e arte de Ju Loyola; 
  • Vingança - roteiro de Rebeca Puig e arte de Germana Viana; 
  • Bônus (mini historieta) - Mama Jellybean - Origens: roteiro e arte de Germana Viana. 

Gibi de Menininha 2 | Amazon.com.br

Por fim, tivemos o “Gibi de Menininha: Contos de Fodas”, que trouxe uma releitura dos contos de fadas, mas seguindo a mesma linha das edições anteriores. Esta edição trouxe as seguintes histórias:

  • Era Uma Vez - Intro - roteiro e arte de Germana Viana; 
  • Regente Das Fadas - roteiro e arte de Katia Schittine e arte-final de Fabiana Signorini; 
  • Seremos Os Vilões - roteiro de Clarice França e arte de Germana Viana; 
  • Semente Obscura - roteiro de Renata CB Lzz e arte de Mari Santtos; 
  • Caça E Caçadora - roteiro de Milena Azevedo e arte de Germana Viana; 
  • Abissal - roteiro de Camila Suzuki e arte de Renata CB Lzz; 
  • Os Três Porquinhos - roteiro de Dane Taranha e arte de Roberta Cirne; 
  • E Todos Viveram Felizes Para Sempre - roteiro e arte de Germana Viana. 

Aprenda desenho e ilustração na ABRA 

Conhecia já este projeto? E o que acha de poder fazer um curso acadêmico completo, com acompanhamento individualizado e infraestrutura de ponta em nossa sede ou no conforto de sua casa? A ABRA oferece diversos cursos sobre desenho e ilustração nas modalidades presenciais, online e EAD ao vivo.  

Por exemplo, no nosso curso de Criação de HQ você irá aprender o passo a passo para criar uma história em quadrinhos, do roteiro até a arte.

Conheça agora mesmo os benefícios e metodologias dos cursos presenciais clicando aqui e faça sua matrícula agora mesmo!

Autoria: Departamento de Pesquisa e Cultura ABRA

Posts relacionados