Apesar de muitos lembrarem sempre de museus no exterior, o Brasil é um país riquíssimo neste sentido, com diversos locais por todo o país com obras de arte importantes de artistas brasileiros e internacionais. E dentre eles, destaca-se um museu que é considerado o maior a céu aberto de todo o mundo. Trata-se do Instituto Inhotim, sobre o qual falaremos mais hoje.
Instituto Inhotim, um museu “jovem”
Normalmente quando falamos de museus no Brasil, muitos estão localizados em construções ou mesmo palácios antigos, como o Museu do Ipiranga ou mesmo o MAM da Bahia. E estas construções muitas vezes datam do começo do século XX ou mesmo do século XIX.
Por outro lado, o Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho (MG), não tem nem 20 anos, de vida, sendo inaugurado em 2006. Sua história é curiosa, pois ele foi idealizado ainda nos anos 80 pelo empresário mineiro Bernardo de Mello, mas ele veio a ser criado apenas no ano de 2002.
Inicialmente chamado “Instituto Cultural Inhotim”, ele tinha o objetivo de concentrar a produção e exposição de obras de arte, mas não era aberto ao público. Em 2005 ele passou a pré-agendar visitas de alguns grupos específicos e escolas da região, até que no ano seguinte foi aberto ao grande público.
Pouco tempo depois ele recebeu dois importantes reconhecimentos:
- 2008 – Reconhecido como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) pelo Governo de Minas Gerais;
- 2010 – Reconhecido como Jardim Botânico pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos.
Números grandiosos para o maior museu a céu aberto do mundo
O tamanho do Instituto Inhotim é algo tão impressionante, que é impossível para alguém visitar tudo em apenas um dia. Seu tamanho total é de quase 800 hectares, mas destes apenas 140 são para visitação pública. Isso se explica pela sua localização privilegiada, entre os biomas da Mata Atlântica e do Cerrado, que faz com haja uma grande área de preservação dentro do museu.
Além da própria natureza, o número de obras e artistas também impressiona: são cerca de 1860 obras presentes no Instituto de mais de 280 artistas diferentes de 43 países. Além dele, o Jardim Botânico também chama atenção, pois são mais de 4,3 mil espécies botânicas raras, vindas de todos os continentes.
Obras de destaque presente no Instituto Inhotim
O Instituto Inhotim tem como foco a arte contemporânea em seu acervo e prioriza instalações site specific e obras de grande escala. Contudo, também é possível encontrar lá esculturas, fotografias, vídeos, performances, desenhos e pinturas que datam desde a década de 1960 até os dias atuais.
Ele possui galerias com obras em exposição permanente, mas também conta com quatro reservas técnicas que guardam as demais obras da coleção, que conta com: esculturas, pinturas, fotografias, vídeos e performances.
O museu conta com um total de 24 galerias, sendo quatro delas para exposições temporárias e outras 20 para as exposições permanentes.
Dentro das galerias permanentes é possível encontrar obras de: Tunga, Cildo Meireles, Miguel Rio Branco, Hélio Oiticica & Neville d’Almeida, Adriana Varejão, Doris Salcedo, Victor Grippo, Matthew Barney, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Doug Aitken, Marilá Dardot, Lygia Pape, Carlos Garaicoa, Carroll Dunham, Cristina Iglesias, William Kentridge, Claudia Andujar e Yayoi Kusama.
Agora, vamos destacar algumas das principais obras que podem ser vistas no Instituto Inhtim:
1 – Invenção da Cor, Penetrável Magic Square #5, de Hélio Oiticica
Trata-se de uma obra póstuma do artista e que foi feita em 1977 a partir das instruções deixadas por Hélio Oiticica em textos, plantas, maquetes e amostras. As nove paredes de alvenaria retratam bem elementos comuns nas obras de Hélio: o interesse pelo espaço público como lugar de encontro e a herança da tradição geométrica em sua formação.
2 – True Rouge, de Tunga
Esta obra, datada de 1997, é talvez uma das mais curiosas presentes no museu. A instalação de True Rouge reúne diversos recipientes suspensos, em posições irregulares, que visam lembram o universo de um laboratório. Dentro de cada peça de vidro há um líquido vermelho que, dependendo da inclinação, derrama sobre outros recipientes.
E ela ainda conta com atos performáticos em que artistas nus ocupam o espaço onde ela está, interagem com as peças e ativam o trabalho de Tunga.
3 – Sonic Pavilion – Doug Aitken
Está obra também é conhecida como “O Som da Terra” e se trata de outra obra grandiosa. Este foi um processo de cinco anos de pesquisa, projeto e construção, que resultou nesta galeria.
Trata-se de um pavilhão construído em aço e vidro e que no centro tem um poço de 202 metros de profundidade. Dentro deste poço passam um conjunto de microfones que captam os sons da terra e os transmitem em tempo real.
Dessa forma, os ruídos emitidos ocupam todo o ambiente, que ainda conta com vidros especiais que possuem um filtro que torna a paisagem (de vales a montanhas da região) nítida quando vista de frente, e difusa quando observada a partir de qualquer outro ângulo.
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Autoria: Departamento de Pesquisa e Cultura ABRA