Um dos estilos de histórias em quadrinhos mais populares no mundo é o mangá (atualmente até mais que os comics dos EUA) e talvez todos já tenham ouvido falar ou mesmo visto alguma obra, seja em revista ou mesmo em sua versão anime. Aqui vamos entrar um pouco mais a fundo no tema, falando para você mais sobre o estilo, as categorias, entre outras coisas, prontos?
O que é o mangá?
Simplificando, ele é uma história em quadrinhos (que inclusive é seu significado no Japão), como os gibis ou comics, por exemplo. O termo acabou sendo adotado para definir as HQs japonesas, que tem características únicas em relação às demais, com seus autores sendo conhecidos como “mangakás”. Entre suas principais particularidades, podemos destacar:
- O sistema de leitura – ele é da direita para esquerda, tanto no virar das páginas, como na leitura dos quadrinhos e balões. Vale dizer que a leitura no Japão é toda nesse formato (não é apenas uma característica dos mangás).
- Os olhos – este para muitos é um dos traços mais marcantes dos mangás, os olhos grandes e expressivos que vemos em muitas obras. O porquê disso é bem simples: facilitar transmitir ao leitor o sentimento dos personagens em questão.
- As cores – diferente das obras ocidentais que são todas coloridas, normalmente os mangás são em preto e branco, com apenas algumas páginas especiais sendo coloridas (não costuma ocorrer em todas as obras).
Atualmente, temos outros mercados em ascensão que seguem o estilo dos mangás, mas com suas próprias peculiaridades: os manhwa (Coreia do Sul) e manhua (China). No caso das obras coreanas, uma das principais diferenças é a forma de publicação, preferencialmente digital. Já no caso das chinesas, a mudança fica no estilo das obras, mais realistas e menos fantasiosas, com foco em romances e histórias de época.
Categorias de mangás, obras populares e seus fãs.
Um dos grandes atrativos do mangá é sua imensa variedade de temas e vertentes. Basicamente, ali você pode encontrar de tudo que pode imaginar e as próprias editoras definem essas categorias, até como uma forma do fã encontrar de forma mais fácil aquele estilo que deseja.
Vamos listar aqui os principais estilos, suas características e algumas de suas principais obras.
- Kodomo – esses são os mangás voltamos para o público infantil. A arte é mais infantilizada, com tramas simples e normalmente com lições de moral e/ou ensinamentos.
Exemplos: Doraemon e Hamtaro.
- Shounen – o mais popular de todos os estilos e o mais difundido no mundo, que são histórias voltadas para o público infanto-juvenil masculino. Os temas normalmente são de aventura, comédia e esportes, contando com uma arte detalhada, apesar de mais cartunesca.
Exemplos: One Piece, Naruto, Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball.
- Shoujo – Um estilo que só perde em popularidade para o Shounen e trata-se dos mangás voltados para o público infanto-juvenil feminino. Apesar de a temática ter semelhanças com a vertente masculina, com aventura e comédia, o romance se destaca aqui, com uma arte mais suave e menos poluída.
Exemplos: Sailor Moon Sakura Card Captor e Fruits Basket.
- Seinen – aqui temos mangás voltadas para o público adulto masculino. O traço é mais pesado, pouco cartunesco e os temas mais profundos e densos.
Exemplos: Berserk, Akira, Vagabond e Ghost In The Shell.
• Josei – o equivalente feminino do Seinen, voltado para o público adulto feminino. Os temas também são mais adultos, contém poucos elementos fantasiosos e seus temas principais costumam ser romance e o cotidiano.
Exemplos: Nana, Honey & Clover e Paradise Kiss.
E como são conhecidos os fãs dessas obras? Certamente você já ouviu falar o termo “otaku” em algum momento quando viu algo sobre mangás, certo? Pois é assim que eles são conhecidos. Vale dizer que é assim que os homens são conhecidos, pois as mulheres são chamadas de “otomes” (apesar de muitos chamarem ambos simplesmente de “otakus”).
O termo, inicialmente tinha uma conotação mais pejorativa (se referindo a pessoas reclusas, anti-sociais), mas com o tempo ele passou a ser adotado para todos aqueles que são fãs e consomem produtos da cultura pop japonesa (incluímos aqui animes, figuras, os próprios mangás e também quem faz cosplay).
Mangá e anime
Para começar, é preciso entender que, assim como o mangá, o termo anime (que também se lê “animê”) foi adotado para definir os desenhos japoneses. Ela deriva da palavra animação e como curiosidade, no Japão ele é simplesmente utilizado para qualquer obra animada, independente do país.
Bom e qual relação com o mangá? A relação é direta, pois os animes começaram a partir de adaptações de obras de mangá. Aqui podemos destacar Osamu Tezuka, conhecido como o “pai do mangá” por ter misturado características dos cartoons ocidentais às obras orientais e criado um estilo mais moderno, que se consagrou até hoje. Foi de uma obra dele (Astroboy, de 1963) o primeiro anime com história contínua e personagens recorrentes da TV japonesa.
A função do anime muitas vezes é a de aproveitar uma obra que já esteja fazendo sucesso no mangá, mas também pode ser uma forma de divulgar a mesma. Apesar de não ser tão comum, também temos o caminho inverso, quando animes originais (criados diretamente para TV) recebem adaptações para mangá.
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