Enviando Formulário...

Desde o final do século XX que os mangás começaram a se popularizar no Brasil. E neste mercado já consolidado de quadrinhos japoneses, recentemente publicações orientais de dois outros países, começaram a conquistar seu espaço por aqui: os manhwas (da Coreia do Sul) e os manhuas (da China). 

Ainda que muitas vezes eles até sejam confundidos, eles trazem algumas diferenças entre si. No entanto, hoje nos focaremos apenas no manhwa, falando um pouco sobre o que é, sua história, diferenças para o mangá, além de obras mais conhecidas. 

O que é manhwa? 

Ele é um termo coreano que significa literalmente “história(s) em quadrinhos”. Para os coreanos, este serve para designar qualquer tipo delas. Contudo, fora de lá, este passou a ser uma palavra usada para se referir especificamente as publicações vindas da Coréia do Sul. 

Vale dizer que mesmo sendo mais utilizado para referir-se às histórias em quadrinhos sul-coreanas, ele também serve para se referir aquelas feitas na Coréia do Norte. Este foi um termo que seguiu desconhecido do grande público por muito tempo, mas acabou por tornar-se mais famoso à medida que se popularizaram justamente entre a base de fãs de mangás. Ainda que muitos inicialmente os confundissem com as produções japonesas. 

Diferenças e semelhanças do manhwa com o mangá 

As vezes pode parecer um pouco complicado para quem não é familiarizado com o gênero, fazer uma distinção entre ambos. Isso porque temos muitas semelhanças em relação a enredo, traços e até mesmo a demografia, já que os manhwas também contam com uma divisão de estilos, que é a seguinte: 

  • Myeongnang: destinado as crianças (equivalente ao kodomo dos mangás); 
  • Sonyung: destinado a garotos (equivalente ao Shōnen dos mangás); 
  • Sunjeong: destinado a garotas (equivalente ao shōjo dos mangás); 
  • Tchungnyun: destinado a jovens adultos (equivalente ao seinen e josei dos mangás); 
  • Ttakji: Histórias de aventura publicadas na década de 1950 e ambientadas no Ocidente. 

Porém, também temos algumas diferenças importantes. Por exemplo: a principal é a forma de leitura, já que os manhwas são lidos no formato ocidental (da esquerda para a direita). O motivo disso é porque o hangul (alfabeto coreano) é escrito nessa direção. 

Modelo de leitura do manhwa, igual ao ocidental

Uma outra diferença veio através da explosão das webtoons (que seriam as webcomics coreanas), que se refere a coloração das páginas. Enquanto os mangás são predominantemente em preto e branco, os manhwas costumam ter suas páginas coloridas. 

Por fim, temos uma questão um pouco diferente, já que ela se refere às adaptações. Normalmente os mangás acabam por virar animes, o que ocorre em uma proporção consideravelmente menor com o manhwa. No caso dele, normalmente temos adaptações para k-drama (os famosos doramas). Ou seja, boa parte dessas histórias em quadrinhos, viram séries live-action. 

História do manhwa: origens e ocupação japonesa

Suas origens são similares a do mangá e do manhua, pois os três contam com forte influência da arte clássica da Ásia, especialmente chinesa. Além disso, o desenvolvimento da arte durante a dinastia Joseon (que durou de 1392 até 1897), ajudou a moldar o estilo do manhwa. Alguns pontos destacam-se: os desenhos com cunho satírico, a importância da narração e a crítica da sociedade, todos que serviram de base para os quadrinhos coreanos. 

Bomyeongshiudo

Já um dos primeiros registros de arte sequencial no país, data do século X, sendo o Bomyeongshiudo, uma fábula budista onde uma vaca explica os fundamentos do budismo. 

Só que a ocupação japonesa na Coreia, que durou de 1909 até 1945 prejudica o desenvolvimento do manhwa. Tivemos o primeiro dos quadrinhos coreanos modernos inclusive no próprio ano de 1909, chamado “Saphwa”, uma publicação satírica de Lee Do-yeong. Entretanto no ano seguinte a interrompem, já que a imprensa e o país como um todo são controlados com mão de ferro pelo Japão. 

Porém, graças a revolta de 1 de março de 1919 o Japão relaxou a imprensa e em 1920 novos títulos foram publicados, incluindo manhwas. Só que nesta época não tínhamos histórias, mas apenas tiras de quadrinhos e caricaturas.  

As produções já em 1924 afirmam-se como um meio privilegiado para criticar o jugo da opressão japonesa. Contudo, o próprio Japão passa a publicar mangás no país, sendo eles de propaganda, para apoiar a produção de arroz ou incitar jovens a se juntarem ao exército. 

O desenvolvimento dos quadrinhos coreanos no pós-guerra 

Com o final da 2ª Guerra Mundial, se encerrou o domínio japonês na Coreia, mas o país não ficou efetivamente livre, apenas mudou de mãos, sendo administrado por EUA e União Soviética. Com a recuperação de parte da liberdade de imprensa, o manhwa do estilo satírico ressurge de forma ainda tímida. 

Surge o primeiro personagem popular, o professor Kojubu de Kim Yong-hwan, que aparece nas páginas da Seoul Times. Além disso, várias revistas são criadas, sendo a primeira delas a Manhwa Haengjin de Kim Yong-hwan, que é a primeira revista dedicada inteiramente aos quadrinhos. Contudo, a cancelam após apenas duas edições por conta da censura ainda forte no país. 

Capa de Soldado Todori, de Kim Yong-hwan

Só que um ano depois, temos uma publicação que consegue sobreviver durante um ano, chamada Manhwa News. Só que novamente o país se viu em meio a uma guerra, agora entre as atuais duas coreias. Durante o conflito temos novamente publicações voltada para a propaganda política e o próprio Kim Yong-hwan volta a se destacar, fazendo sucesso com soldado Todori, que exaltava a coragem dos combatentes. Ao mesmo tempo a censura volta a perseguir aquelas produções com tom mais crítico. 

Nesse mesmo período, por conta da crise e da miséria, temos o surgimento dos quadrinhos mais voltados para aventuras, que ganham revistas próprias, chamadas takji manhwa. Elas ajudam especialmente a estimular o surgimento de novos autores.  

Aqui temos uma importante mudança no manhwa: para se adaptar aos gostos dos leitores cada vez mais numerosos e diversos, ele toma sua forma contemporânea, com quadros e balões. Com o fim da Guerra da Coreia, temos uma rápida expansão dos quadrinhos coreanos, especialmente após a criação das manhwabangs. 

Tratam-se de bibliotecas de empréstimos que alugam e permitem a leitura manhwas. Além disso, temos o surgimento de muitas editoras independentes e da Manhwa Segyesa, especializada no gênero. Será o primeiro grande momento de expansão dos quadrinhos coreanos de forma livre, mas que infelizmente não será tão longa. 

Aprenda HQ e Mangá na ABRA 

Gostou destas curiosidades? Já pensou em fazer um curso acadêmico completo, explorando sua criatividade, com acompanhamento individualizado e infraestrutura de ponta em nossa sede? Os cursos presenciais de HQ e Mangá da ABRA são os mais completos no mercado. 

Conheça agora mesmo os benefícios e metodologias dos cursos clicando aqui e faça a sua matrícula agora mesmo!

Autoria: Departamento de Pesquisa e Cultura ABRA

×

Curioso(a) para desvendar os segredos da Inteligência Artística? Nosso e-book exclusivo, "EXPLORANDO O MUNDO DA IA - INTELIGÊNCIA ARTÍSTICA," está repleto de insights e conhecimentos profundos sobre como a IA está transformando o cenário artístico.

Queremos compartilhar esse tesouro de informações com você!

Basta preencher o formulário abaixo para baixar o e-book e começar a jornada de descoberta:

[activecampaign form=621 css=0]

Mas espere, há mais! Além de receber seu e-book, convidamos você a mergulhar em nossos cursos que abrangem a interseção empolgante entre a criatividade e a IA. Prepare-se para expandir seus horizontes e criar de maneira inovadora.

Não perca a oportunidade de explorar a IA e suas possibilidades artísticas. Preencha o formulário e desbloqueie o acesso ao e-book e ao mundo de criatividade que o espera!

×

Regulamento da Campanha – ABRA.ia – Inteligência Artística

ABRA IA – Inteligência Artística

Em uma era digital mergulhe na sua criatividade
Período 01/08/2023 até 30/09/2023

 

1. Bolsas de estudo integrais para indicações:

Os participantes que comprarem um curso presencial e indicarem outra pessoa que também efetuar a compra de um curso presencial serão elegíveis para receber uma bolsa de estudo integral para um curso rápido de sua escolha de acordo com disponibilidade de vagas e datas de início.
Tanto o participante que realizou a indicação quanto o indicado à bolsa de estudo. A bolsa de estudos será concedida após a confirmação do pagamento e matrícula dos dois participantes indicados. Os ganhadores receberão um comunicado da escola informando a disponibilidade da bolsa, assim como os cursos disponíveis e datas de início para a escolha. 

 

2. Compre e Leve: curso de História da Arte online:

Os participantes que adquirirem o Kit de material da ABRA terão como brinde um curso online de História da Arte. O curso online será disponibilizado em até 3 dias úteis após a confirmação do pagamento do Kit de material, a) caso a aquisição seja de um curso de história da arte, deve ser oferecido outro curso equivalente.

 

3. Desconto de 60% em todos os cursos online:

Durante o período da campanha, todos os cursos online terão um desconto de 60% sobre o valor regular.Os participantes poderão se inscrever em quantos cursos online desejarem com o
desconto aplicado. 

 

4. Compre um curso e ganhe outro:

Os 200 primeiros participantes que adquirirem cursos online, terão como brinde acesso a um segundo curso à sua escolha que deverá seguir alguns critérios que são: a) é limitado a 1 curso por pessoa b) a campanha se estenderá até atingir o número de pessoas da estipulado, não tendo prazo definido para encerramento c) caso no período de 60 dias correspondentes a campanha não atinja a quantidade de 200 participantes todos que adquiriram serão contemplados d) é de responsabilidade do participante acompanhar seu e-mail para receber as informações relativas à campanha e) a ABRA não se responsabiliza com a perda de informações enviadas f) o participante que não enviar a opção de curso até a data estabelecida terá seu benefício cancelado. g) o e-mail solicitando a escolha do seu próximo curso será enviado em até 7 dias úteis após a confirmação do pagamento do primeiro curso, através do e-mail disponibilizado na hora da compra h)O acesso ao segundo curso só será disponibilizado após o envio da escolha do curso que siga os critérios descritos neste parágrafo. i) o
prazo para receber o acesso dos cursos é 30/09/2023 j) lista com todos os ganhadores será disponibilizada apenas no fim da campanha. É de responsabilidade do participante acompanhar seu e-mail para receber as informações relativas à campanha. O prazo de resgate da oferta é de 60 dias.

 

5. Bolsa integral de curso online para ação social:

A cada curso presencial adquirido, a ABRA vai disponibilizar uma bolsa integral do curso online História da Arte para um aluno matriculado na rede estadual de ensino médio. A seleção dos alunos beneficiados será realizada em parceria com instituições de educação parceiras. As bolsas serão disponibilizadas ao final da campanha para a instituição de ensino escolhida.