Provavelmente, ao falar a palavra ‘maquete’, a primeira coisa que vem à mente da pessoa é aquele trabalho feito nos tempos de escola. Contudo, sua importância vai muito além, sendo um elemento fundamental em áreas como design (de produtos ou de interiores), arquitetura e engenharia.
Só que hoje focaremos no seu papel em projetos arquitetônicos e como ela pode impactar tanto na construção, como até mesmo na hora das vendas.
O que é a maquete?
O conceito de maquete é: uma representação em escala reduzida de um projeto ou ideia, que busca simular de forma fiel as características físicas e visuais de uma construção, produto ou espaço.
Através dela pode-se visualizar detalhes como texturas, cores, proporções e formas, o que permite uma compreensão mais clara do projeto final.
Um dos aspectos interessantes da maquete é a versatilidade na hora de criá-la. Isso porque é possível montá-la com diversos tipos de materiais, de acordo com os recursos disponíveis, por exemplo: papel, madeira, plástico, acrílico, MDF, entre outros, para modelos físicos ou digitalmente em programas de modelagem 3D.
A origem da maquete dentro da arquitetura
Infelizmente, há poucos registros da sua origem, mas acredita-se que o uso de maquetes para fins arquitetônicos começou no Egito Antigo. Inclusive, arqueólogos encontraram modelos de cerâmica chamados de “casa da alma”, que representavam construções em escala reduzida.
Elas tiveram funções diversas ao longo da história, sendo usadas para reconhecer territórios ou até mesmo para estratégias militares. Só que até hoje, os três tipos mais comuns seguem sendo os mesmos:
- Maquetes Topográficas – são as que representam modelos de terreno, paisagem e jardins. Sua função principal é visualizar a topografia de um terreno, incluindo elevações, declives e características naturais;
- Maquetes de Edificação – são miniaturas de edifícios e interiores e as mais comuns para o grande público. Elas permitem visualizar o volume do prédio, detalhes da fachada e implantação;
- Maquetes Específicas – estas representam modelos de design, móveis e objetos e são bem menos familiares para o grande público. São usadas em áreas como arquitetura, design de interiores, design industrial, urbanismo e engenharia civil.
A importância da maquete para quem trabalha com arquitetura
As maquetes têm papel importantíssimo na formação dos estudantes de arquitetura, pois graças a elas que os alunos podem desenvolver as habilidades de percepção espacial. Isso porque a maioria das pessoas não tem essa capacidade de leitura do espaço de maneira inata e, sendo assim, é necessário ensinar isso a eles.
Nesse contexto, a maquete é o recurso ideal para os estudantes terem a compreensão dos aspectos sensoriais dos ambientes que se propõem a construir.
A explicação disso é que imagens, fotos, desenhos e representações eletrônicas não têm a capacidade de transportar a pessoa para o espaço da mesma forma que a maquete faz, ou seja, de maneira palpável.
Só que não é apenas para quem estuda, pois muitos profissionais da área também preferem trabalhar com a maquete em seus projetos. Um dos casos mais famosos era Oscar Niemeyer, que trabalhou durante décadas com Gilberto Antunes.
O maquetista ajudava Niemeyer a ter uma visão 3D de seus projetos antes deles serem construídos. Segundo ele, o arquiteto fazia os croquis e ele criava as maquetes em cima destes desenhos. Apesar de serem apenas para estudo, ele sempre as fez de forma que elas fossem adequadas para apresentar ao público.
Atualmente, um dos grandes nomes da arquitetura mundial a usar maquetes é Zaha Hadid, como, por exemplo, em seu projeto do “Museum of Contemporary Art Shanghai”.
O mercado imobiliário aquecido para maquetes
Ainda que muitos profissionais da área de arquitetura prefiram os modelos 3D hoje em dia, temos um mercado que se mostra fortíssimo para quem trabalha com a criação de maquete: o imobiliário.
É bastante comum visitar os locais onde estão sendo construídos empreendimentos e encontrar lá uma maquete gigantesca mostrando como ele ficará quando pronto.
O sucesso das maquetes é motivado pelo fato de que através delas os possíveis compradores conseguem visualizar o volume do prédio, detalhes da fachada e sua implantação, além do entorno.
Precisamos ter em mente que consumidores leigos podem ter muitas dificuldades para entender plantas, cortes e perspectivas técnicas. Por outro lado, com uma maquete bem feita se resolve esse problema, ao permitir o domínio visual de todo um conjunto espacial.
Por fim, ela ainda pode auxiliar a encontrar possíveis incompatibilidades não identificadas durante a elaboração do projeto. Dessa forma, construtora, arquiteto e paisagista podem fazer correções e até mesmo aperfeiçoar o projeto antes dele ser posto em pé
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Autoria: Departamento de Pesquisa e Cultura ABRA