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História das Comics: a era pós-moderna
Depois de mostrarmos a evolução das Comics através das eras de ouro, prata, bronze e ferro, finalmente chegamos à última: a “era pós-moderna”. Trata-se daquela que estamos vivendo até hoje e por conta disso, mudanças ainda poderão ocorrer. Só que antes de começarmos, vale deixar alguns registros sobre a definição do nome do atual momento dos quadrinhos.
Depois de mostrarmos a evolução das Comics através das eras de ouro, prata, bronze e ferro, finalmente chegamos à última: a “era pós-moderna”. Trata-se daquela que estamos vivendo até hoje e por conta disso, mudanças ainda poderão ocorrer. Só que antes de começarmos, vale deixar alguns registros sobre a definição do nome do atual momento dos quadrinhos.
Era pós-moderna e as discussões acerca do seu nome e período
Para começar, alguns tratam a “era de ferro” como parte da era pós-moderna, mas até por eventos que separam bem as duas, o mais aceito é que falamos de eras distintas. Por isso não se surpreendam caso vejam a era pós-moderna com início em 1986 (data do início da anterior). Era pós-moderna é um dos nomes mais aceitos e usados para definir o momento atual dos Comics. Ele é usado devido ao crescente número de histórias estilo pós-modernas lançadas. Contudo temos algumas outras denominações que também são utilizados, confiram quais e os porquês:- Era de Alumínio – seguiria a linha dos metais e o escolhido deve-se ao grande número de materiais “reciclados”.
- Era do diamante ou prismática – aqui deve-se ao caráter multifacetado, que é marca desta era.
- Renascença – usada devido ao fato que muitos consideram a “era de ferro” como a idade das trevas das Comics.
- Era da Neo-prata – por fim esse curioso nome, usado pelas similaridades com a era da prata.
O grande crash dos Comics de 1996 – o início
Apesar da saturação do excesso de violência nos quadrinhos da era de ferro, o que levou de fato ao fim dessa era, foi um dos eventos mais graves e bizarros da indústria dos Comics. A data referência do evento é 1996, porém uma série de fatos relevantes ocorreram desde o começo dos anos 90 até 97. Destes, dois merecem destaque: o “mercado direto” e o “colecionismo”. O mercado direto foi uma forma que as editoras encontraram de evitar o CCS (código de censura das Comics), pois lojas de quadrinhos não eram cobertas por ele. Apesar de já existirem há um bom tempo, foi nos anos 90 que as distribuidoras reduziram os requisitos de pedidos. Isso levou ao boom de “negociantes de quadrinhos”, mas em sua grande maioria amador e inexperiente. Entra aí o problema do colecionismo. Com o passar do tempo, primeiras edições de quadrinhos passaram a movimentar cada vez mais dinheiro, criando um mercado cada vez mais lucrativo. Isso fez com que os consumidores começassem a comprar edições de quadrinhos que vissem como potencialmente valiosas para o futuro. Só que isso não passou despercebido pelas duas outras partes do negócio. Primeiramente a indústria de quadrinhos, vendo esse interesse por edições colecionáveis, investiu pesado nos exemplares embalados, com capa especial laminada, capa extra, cards de brinde, reboots de história para gerar edições nº 1 e histórias de grande apelo midiático. Um exemplo destas? A morte do Superman…O estouro da bolha
Como dissemos, todas partes do negócio foram afetadas e as lojas de quadrinhos tiveram papel fundamental nisso. Isso porque, vendo a chance de vendas altas nessas edições “de colecionador”, faziam pedidos imensos, muito acima até dos bons números do boom das Comics. Aí entram alguns problemas:- Preocupadas em lançar histórias de colecionador, as editoras deixaram muitas vezes o enredo de lado, focando apenas nas artes, resultando em histórias de má qualidade.
- As tiragens desses números eram imensas, assim como as compras das lojas. Só que como fazer um número valer muito, se é fácil demais consegui-lo? A conta passou a não fechar.
