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Desenho: a mais acessível porta de entrada para as artes

Para quem deseja entrar no mundo das artes, sem dúvida o desenho é a porta de entrada mais acessível. Ele permite soltar a imaginação de forma simples, usando materiais básicos e podendo ser praticado praticamente em qualquer lugar.

Para quem deseja entrar no mundo das artes, sem dúvida o desenho é a porta de entrada mais acessível.

Ele permite soltar a imaginação de forma simples, usando materiais básicos e podendo ser praticado praticamente em qualquer lugar. Seja em casa, na escola, no transporte público ou até no trabalho, basta ter papel e lápis em mãos para dar os primeiros traços.

Vamos falar um pouco mais sobre essa técnica tão popular — e compartilhar algumas dicas úteis para quem está iniciando.


Desenho: por que começar por ele?

Muitas vezes a pessoa quer praticar alguma forma de arte, mas esbarra em limitações de custo — ou naquela dúvida comum: “vale a pena investir tanto em algo que nem sei se vou gostar?” Com o desenho, esse dilema praticamente não existe.

Basta pegar um lápis, uma folha e experimentar. Além de acessível, o desenho tem a vantagem de ser extremamente prático: é possível praticar sempre que surgir vontade, sem a necessidade de montar um espaço, reunir muitos materiais ou seguir um ritual.

Também é uma forma eficaz de desenvolver habilidades visuais e motoras desde o início, servindo como base sólida para quem deseja, no futuro, partir para trabalhos mais elaborados com materiais diferenciados.


Que materiais são precisos para começar a desenhar?

Como dissemos acima, a grande vantagem está no fato de que são precisos poucos materiais para conseguir praticar. Para isso, é preciso apenas de:

Papel 

Para quem está começando, folhas de sulfite atendem perfeitamente às suas necessidades. Com o tempo e aperfeiçoamento, pode-se investir em folhas com gramaturas diferentes para trabalhos diferenciados.

Lápis 

Qualquer lápis escolar comum já é suficiente para começar. Mas, conforme o interesse cresce, é possível explorar outras variações: 


  • Lápis H (Hard) - grafite mais duro, ideal para traços leves e precisos; não borra com facilidade;
  • Lápis B (Black) - grafite mais macio, oferece traço escuro e expressivo, ideal para sombreamentos;
  • Lápis HB - equilíbrio entre dureza e suavidade; é o mais versátil para iniciantes;
  • Lápis F (Fine point) - ponta mais fina e dura, indicado para contornos detalhados.


Borracha

Seguindo a linha dos materiais anteriores, a escolha da borracha também pode impactar significativamente o desenho. Mas aqui, mais do que em outros casos, o modelo faz toda a diferença. Há diversos tipos, cada um com usos específicos, vantagens e limitações e abaixo mostraremos cada um deles, assim como seu uso ideal:


  • Borracha natural (látex) - tradicional e macia, funciona bem para apagar grafite comum, mas não é ideal para efeitos de luz ou tons sutis — tende a deixar o traço mais “chapado”.
  • Borracha plástica (vinil) - suave e pouco abrasiva, absorve bem o grafite sem danificar o papel. Boa para apagamentos mais limpos e uniformes;
  • Borracha branca (plástica dura) - apaga até caneta, mas é mais agressiva — pode rasgar papéis finos. Boa para traços mais marcados;
  • Borracha limpa-tipo - maleável como uma massinha, ideal para apagar com precisão e suavidade. Excelente para luz, detalhes e lápis mais macios (como 4B, 6B). Não é feita para apagar áreas grandes;
  • Lápis-borracha - mais abrasivo, funciona bem para correções pontuais ou detalhes com lápis de cor. Ajuda a criar efeitos específicos;
  • Caneta-borracha - borracha plástica com ponta ajustável, ótima para apagar detalhes finos e criar efeitos de luz. Apaga com precisão e gera poucos farelos.


Apontador ou estilete

Para manter o lápis com a ponta ideal, você pode usar tanto um apontador quanto um estilete. Aqui, a escolha depende da sua preferência pessoal. O mais importante é garantir que o lápis seja apontado com cuidado, evitando perdas de grafite ou danos à madeira.


Canetas

As canetas normalmente são usadas na etapa final do desenho, quando o traço já está definido e o artista quer dar acabamento ao trabalho. Existem diversos modelos, e cada um oferece um efeito diferente — como reforçar contornos, caprichar nos detalhes ou explorar contrastes.

Até mesmo uma caneta esferográfica comum pode funcionar em desenhos mais livres, mas, conforme a pessoa busca mais controle sobre o traço, pode considerar outros modelos, como:


  • Caneta técnica de ponta fina – Ideal para traços precisos e uniformes. É bastante usada em ilustrações detalhadas e arte-final;
  • Caneta tipo pincel (brush pen) – Possui uma ponta flexível, que permite variações de espessura em um mesmo traço. Boa para desenhos expressivos ou sombreados com linha;
  • Caneta gel branca – Útil para destacar brilhos e pontos de luz, especialmente sobre fundos escuros ou por cima de outros materiais;
  • Caneta de nanquim recarregável – Mais usada por quem já tem prática e busca alta definição no traço. Exige um pouco mais de cuidado, mas oferece excelente acabamento.


Importante destacar que, dependendo do modelo, é necessário usar um papel mais absorvente, pois a tinta pode atravessar ou manchar o desenho.


Dicas para quem está começando a desenhar

Tendo escolhido o material com o qual você irá desenhar, aqui vão algumas dicas importantes:


  1. Pratique o básico – Treinar formas geométricas simples é um ótimo exercício para soltar a mão, melhorar a precisão dos traços e entender proporções. Além de serem a base de composições mais complexas, ajudam a desenvolver o controle do traço desde o início;
  2. Experimente o sombreamento – Pode parecer complicado no começo, mas o ideal é praticar com objetos simples, como cubos e esferas. Isso ajuda a entender diferentes estilos de somba (hachura, esfuminho, degradê) e perceber como a pressão no lápis influencia o resultado;
  3. Valorize os exercícios básicos – Evite começar com desenhos muito elaborados, pois isso pode gerar frustração e dificultar seu progresso. Avançar exige paciência, e cada pequena evolução merece ser reconhecida e comemorada;
  4. Treine sua observação – Copiar desenhos “a olho” é um ótimo treino para ganhar leveza no traço, desenvolver sensibilidade às formas e entender sutilezas de proporção. Além disso, esse tipo de exercício pode servir como base para criações autorais no futuro.


Por fim, mas não menos importante: busque inspiração nos mais diversos lugares. Em vez de limitar suas referências a buscas na internet, lembre-se de que qualquer coisa pode despertar uma boa ideia.

Filmes, séries, desenhos, quadrinhos e até um simples passeio pela cidade podem render ótimos pontos de partida para criar. Basta estar atento — muitas vezes, a ideia certa aparece onde menos esperamos.

Grandes mestres da arte já criaram obras incríveis ao ar livre, apenas observando o entorno. Por que não fazer o mesmo? Além das técnicas, eles também nos ensinaram que a arte está no cotidiano — só precisamos estar dispostos a enxergá-la.


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Autoria: Departamento de Pesquisa e Cultura ABRA

 

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