Comemora-se no começo de julho (dia 6) o nascimento de Frida Kahlo. Apesar de ter morrido cedo e de ter vivido uma vida muito atribulada, enfrentando diversos problemas, ela deixou um imenso legado que a tornou uma inspiração para muitas pessoas dentro e fora do mundo das artes.
Em 2023, comemora-se 116 anos de seu nascimento. Para lembrar dela, que é uma das mulheres mais importantes da história da pintura, vamos trazer algumas curiosidades sobre sua vida.
1 – Frida Kahlo já tentou modificar sua data de nascimento e seu próprio nome
Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, mais conhecida como Frida Kahlo, nasceu em 1907 em Coyoacán, no México. Contudo, ela sempre falava que tinha nascido em 1910 para quem perguntasse. O motivo era seu desejo de coincidir a data com a da Revolução Mexicana, mostrando desde sempre seu forte engajamento político.
Já sobre seu nome, no início ela escrevia seu primeiro nome como “Frieda”. Ela o fazia por influência de seu pai, de origem alemã (suas origens já foram tema de suas obras também), mas abandonou essa alteração após a ascensão do nazismo na Alemanha.
2 – Problemas de saúde a perseguiram durante toda a vida
Desde pequena, Frida Kahlo sofria com problemas de saúde. Aos seis anos, ela contraiu poliomielite, o que a deixou com uma lesão no pé direito. Posteriormente, teve um acidente em que foi atropelada por um bonde, o qual a deixou com diversas sequelas.
Ela sofreu 11 fraturas em sua perna direita, teve o pé esmagado e deslocado, além de muitas outras lesões, incluindo uma grave fratura na região pélvica e também na coluna cervical. Além de passar três meses acamada (tempo em que pintou deitada), muitas de suas obras foram resultado direto desse acidente. Um exemplo é a obra “Coluna Partida”, que trata justamente desse caso.
“A Coluna Partida”, de 1944
3 – Frida Kahlo não se via como uma surrealista
Muitas das obras de Frida Kahlo fazem analogias com passagens de sua vida, e isso fez com que muitos críticos a classificassem como uma pintora surrealista. No entanto, ela própria não se considerava assim e, de certa forma, até se incomodava com o rótulo, como ela mesma deixou claro:
“Eles pensaram que eu era uma surrealista, mas eu não era. Eu nunca pintei sonhos. Eu pintei minha própria realidade”.
Prova disso é uma de suas pinturas mais impactantes, a “Hospital Henry Ford” (A Cama Voadora)”, de 1932. Por conta do acidente, ela tinha um grave problema na região pélvica, que inclusive a prejudicava na possibilidade de ser mãe. Ela chegou a engravidar de Diego Rivera, mas sofreu um aborto espontâneo, e foi justamente nesse hospital que ela finalizou o procedimento.
“Hospital Henry Ford” (A Cama Voadora)”, de 1932
Ela estava em profundo estado de depressão pelo ocorrido e como forma de externar esse sentimento de angústia, fez esta pintura. Podemos ver diversos elementos simbolizando todo o ocorrido junto ao auto-retrato dela na cama.
4 – Ela foi uma ativista política muito atuante
Desde jovem, Frida sempre se mostrou uma revolucionária. Quando adolescente, organizava e liderava pequenas revoltas contra professores que não considerava bons e criticava frequentemente os moldes de educação da Escola Nacional Preparatória, uma das mais renomadas instituições de ensino do México.
Já adulta e ao longo de sua vida, Frida foi muito ativa politicamente. Ela e seu marido eram filiados ao Partido Comunista Mexicano, e por meio dele lutavam por melhores direitos trabalhistas e contra a opressão do governo. Sua influência inclusive possibilitou que Leon Trótski, ex-líder soviético, conseguisse asilo no país.
Autorretrato dedicado a Leon Trótski
Durante sua estada, ele chegou a ter um caso com Frida Kahlo (ambos estavam casados), mas em 1940 deixou “La Casa Azul” por desavenças com Rivera. Nesse mesmo ano, ele foi assassinado, e a artista e sua irmã chegaram a ser presas por suspeita de assassinato, mas foram libertadas posteriormente.
5 – Frida Kahlo sempre se mostrou orgulhosa de suas origens
A artista morou em Nova Iorque, São Francisco e Paris, mas mesmo fora do México sempre fazia questão de exaltar suas origens. Uma das principais provas disso era suas roupas: ela usava sempre, em qualquer ocasião o traje tradicional mexicano, de longas saias coloridas, blusas huipil e um longo xale da sociedade matriarcal mexicana Tehuantepec.
Frida Kahlo, sempre com seus trajes tradicionais Tehuantepec
Um outro fato interessante é que ela nasceu e morreu no mesmo lugar. A “La Casa Azul” foi onde seus pais a criaram e onde ela viveu com seu marido Diego Rivera.
6 – A relação da artista com o mundo da moda a rendeu uma capa da Vogue
Seus trajes tradicionais eram escolhidos cuidadosamente e também passaram a ser uma de suas marcas por onde passava. Além disso, gostava de usar os cabelos presos com tranças, fitas coloridas ou então flores, sendo inclusive a forma como mais é lembrada.
Durante sua vida, ela esteve presente duas vezes na revista Vogue: a primeira vez foi em 1937, em um artigo intitulado “Senhoras do México”. Toni Frissel a fotografou ao lado de uma planta de agave para ser incluída na matéria.
Capa da Vogue de 1939
Dois anos depois, ela reapareceu, mas desta vez na capa. Nela, temos uma montagem usando um retrato icônico de Kahlo tirado pelo fotógrafo Nickolas Muray (com quem Kahlo teve um caso).
7 – É dona do quadro latino-americano mais caro da história
“Diego y yo”, obra latino-americana mais valiosa do mundo
Em 2021, a obra “Diego e Yo” de Frida Kahlo foi vendida em um leilão por 34,9 milhões de dólares e passou a ser a obra mais cara arrematada em um leilão de um artista latino-americano. Curiosamente, ela tirou o posto de pintura mais valiosa de Diego Rivera, seu marido, que detinha o posto com “The Rivals”, arrematada por 9,76 milhões de dólares em 2018.
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Autoria: Departamento de Pesquisa e Cultura ABRA