Dentre os tipos de arte, a pintura pastel está entre as mais antigas da história. Isso porque seus primeiros registros, datam ainda do tempo das cavernas, quando eram usados carvão e ocres para deixar registros nas cavernas.
Agora, para além de mostrar o que é, a evolução de seu uso no meio artístico, vamos também falar sobre os tipos de pastel que temos disponíveis no mercado hoje.
O que é a pastel?
Antes de mais nada, vamos explicar um pouco mais sobre o que é exatamente o pastel. Primeiramente sobre seu nome, que causa confusão justamente por conta da comida. Porém no caso do material, sua origem vem do italiano “pastello”, que significa “material reduzido a uma pasta”.
Ele consiste em pigmentos moídos em uma pasta com água e um aglutinante de goma. Posteriormente são enrolados e pressionados em palitos ou bastões. A diferença aqui é que os aglutinantes costumam ser de tons neutros e baixa saturação. Com isso, temos o efeito das cores mais próximos dos pigmentos naturais, do que em qualquer outra técnica.
A evolução do pastel no renascimento
O primeiro registro que temos da fabricação de pastéis vem do renascimento, mais precisamente de 1499. Foi neste ano que Leonardo da Vinci relatou seu encontro com o artista francês Jean Perréal. Segundo o pintor italiano, ele lhe relatou sobre “uma nova técnica” para pintar com cores secas.
Possivelmente o material já tinha algum tempo de uso na França bem antes deste relato, mas oficialmente o primeiro relato fica ainda neste encontro. Da Vinci aprendeu com Perréal a técnica, porém durante muito tempo ela era usada muito mais como parte de estudos preparatórios de artistas.
A popularização da arte na França
Foi apenas no século XVIII que seu uso se popularizou. Os artistas usavam somente o pastel ou então em uma técnica mista com o guache. Os principais nomes da época foram Jean-Baptiste Perronneau, Maurice Quentin de La Tour (este que nunca pintou com tinta à óleo) e Rosalba Carriera.
Outros nomes importantes do período foram Hans-Baptiste-Siméon Chardin, Jean-Étienne Liotard. Fora da França ainda tínhamos John Russell (na Inglaterra) e John Singleton Copley (na América Colonial).
Após um período de baixa popularidade na França por conta da revolução francesa, o pastel voltou a ganhar espaço em meados do século XIX. Eugène Delacroix, Jean-François Millet, Édouard Manet e Odilon Redon fazem uso significativo do material em suas obras. Contudo, nenhum o fez com tanta intensidade como Edgard Degas.
Considerado um inovador na técnica de pintura pastel, Degas passou a usá-lo como principal material em suas obras. Já estabelecida, ela conta com vários adeptos ao redor do mundo, assim como conta com evoluções na sua produção e uma variação nas qualidades dos pastéis, até chegarmos aos que temos nos dias de hoje.
Tipos de pastel
O tipo do pastel mais utilizado é o seco, que normalmente é feito com goma arabica e goma de tragacanto como aglutinante. Além disso, costuma-se ter um pouco de giz ou gesso na sua composição. Dentre os pastéis secos, temos a seguinte subdivisão:
- Pasteis macios – o mais usado dentre todos eles. Estes contam com muito pigmento e uma porção menor de aglutinante e são os que contam com a maior variedade de cores. Ele conta com mais facilidade de misturar as cores, mas é o que mais deixa poeira. Contudo, ele também exige alguns cuidados especiais depois de pronto. Pode-se colocar um vidro de proteção ou então pulverizar um fixador;
- Pan pastel – esta é uma novidade do século XXI. Ele é feito com o mínimo de aglutinante e compactado de forma plana, lembrando uma maquiagem. Inclusive sua aplicação é feita através de uma esponja microporosa;
- Pasteis duros – contam com bem mais aglutinante e uma quantidade menor de pigmento. Por conta de sua consistência, eles são usados para fazer esboços, contornos ou mesmo alguns detalhes;
- Lápis pastel – são basicamente lápis tradicionais, mas com pontas em pastel. São ideais para detalhes menores que sejam necessários;
- Pastel de óleo – tem uma consistência macia e amanteigada. São mais densos e não necessitam de um fixador. Entretanto, são mais difíceis de misturar que os macios. Pode-se espalhar ele diluindo com terebentina.
Material solúvel em água: uma pintura pastel?
Há ainda um tipo diferente de pastel, que pode ser diluído em água. São semelhantes aos macios, mas possuem um componente (por exemplo, o polietileno glicol) que permite a diluição para cores mais uniformes e até semitransparentes. Uma vantagem dele também é a possibilidade de mistura mais fácil dos matizes de cores da obra, dada a sua fluidez.
Entretanto, não há um consenso nas sociedades artísticas sobre este último ser considerada uma técnica de pintura pastel. Pois, segundo eles, os modelos aceitáveis de pastel para sua exposição são apenas o de “mídia seca”.
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