Você já ouviu falar em design minimalista? Pois trata-se de uma tendência que surgiu durante o século XX e até hoje segue sendo muito requisitado. O interessante é observar que ele não apenas englobou a decoração e o design, mas também a arte, moda e até mesmo o estilo de vida.
O que é a arquitetura minimalista?
Para entendermos melhor o design minimalista, primeiro precisamos conhecer um pouco mais das suas origens na arquitetura, que por sua vez teve referência na arte.
Sua origem é recente e vem da primeira metade do século 20. Dois movimentos têm grande importância no seu surgimento: o “De Stijl” (ou “o estilo” em português) e o Bauhaus (formada pela junção de “bauen” [“para construir”] e “haus” [“casa”]). Ambos surgiram na Europa pós-primeira guerra e se assemelhavam por terem uma visão interdisciplinar.
Com referências no movimento cubista, eles juntavam arquitetura, escultura, pintura e desenho industrial. Apesar de haver algumas diferenças entre os dois movimentos, eles compartilhavam de muitas similaridades, que são os pilares da arquitetura e design minimalista, que são:
- Simplicidade;
- Funcionalidade;
- Uso de cores neutras;
- Uso de linhas retas e formas geométricas (arquitetura);
- Poucos objetos no ambiente (design de interiores);
- Preferência pelos elementos mais naturais. Por exemplo madeira, tijolos à vista, cimento queimado, couro, ferro, etc.
Posteriormente, em 1947, o arquiteto Ludwig Mies van der Rohe ao fazer a citação “menos é mais”, resumiu de forma precisa a filosofia do que ficou conhecido também como minimalismo.
Por fim, não podemos deixar de destacar a importância da arquitetura e design japonês. Isso porque ele já seguia o conceito de valorizar a essencialidade dos elementos, removendo tudo aquilo que é supérfluo.
As bases do design minimalista
Dentro deste movimento, naturalmente com casas projetadas seguindo o minimalismo, haveria a necessidade de fazer sua decoração seguindo os mesmos princípios.
Primeiramente, vale destacar que nos dias de hoje, o design minimalista é considerado sinônimo de elegância, modernidade e objetividade. Para além disso, ele traz muitas características marcantes dentro do ambiente, entre as quais podemos destacar:
- Ambientes claros e arejados – Em primeiro lugar, eles precisam contar com cores mais claras, como o branco, bege, gelo e marfim por exemplo. A ideia é justamente favorecer a iluminação natural, além de dar uma ideia de um espaço mais amplo. Juntamente com isso, deve-se priorizar a livre circulação do vento, com o bom uso dos “vazios” do ambiente;
- Mobiliário mais simples – além de duráveis, eles devem ser funcionais. Normalmente usam-se móveis de madeira e com linhas retas;
- Boa distribuição da iluminação – neste caso, uma das grandes aliadas atualmente são as lâmpadas de LED. Além disso, uma boa forma de garantir uma iluminação bem distribuída, é investir em luminárias com design mais arrojado e de materiais como cobre, metal ou mesmo madeira;
- Organização – por conta de ter poucos elementos no ambiente, a organização se faz fundamental, pois qualquer elemento fora do lugar ou uma maior bagunça, trará uma poluição visual ao espaço, prejudicando justamente sua essência;
- Decoração das paredes – mesmo aqui, deve-se priorizar por elementos mais simples. Contudo, as cores neutras não são uma obrigação, podendo os pôsteres ou quadros contarem com tons mais vivos, que possam trazer um contraste e um ambiente mais personalizado;
- Não esquecer do chão – ao pensar no design minimalista, ele também deve se aplicar ao piso que você escolhe. Rodapés planos, piso polido, sem quebras e com as superfícies lisas são a prioridade neste caso. Já o material, podemos usar linóleo, madeira clara, porcelanato, entre outros.
Arquitetura e design minimalista também são estilos de vida
Finalmente, precisamos também ressaltar a importância de que não se faz um design minimalista, sem que se haja uma filosofia de vida nesta mesma linha. Isso porque ao se optar por ela, você deve se desapegar de muitas coisas que muitas vezes você acumulou ao longo da vida, mas que hoje podem não ter mais razão de estar ali.
Elementos decorativos, livros, jarras, vasos, entre outros, devem ter uma razão para estar ali. Além disso, mesmo nestes casos, deve-se ter cuidado para não encher demais o ambiente e perder a essência do minimalismo, o “menos é mais”. Ou seja, a decoração minimalista deve ser na verdade um reflexo do estilo de vida de quem morar lá.
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