Sempre que falamos de grandes artistas, mesmo os clássicos, vocês já devem ter percebido a longevidade da carreira de muitos. Além da recém trazida aqui Tomie Ohtake, que pintava com mais de 100 anos, pintores de uma época em que se vivia bem menos, chegavam aos 80 anos (como Michelangelo e Monet, por exemplo).
Isso mostra como a arte traz grandes benefícios para a pessoa quando jovem, mas também quando ela atinge a terceira idade. Atualmente, a arteterapia é usada como parte do tratamento de doenças como o Alzheimer e o Parkinson, pela sua capacidade de estimular diversas áreas do cérebro e do corpo humano.
Os benefícios da pintura
Primeiramente vamos trazer um breve resumo sobre muito do que já se sabe dos benefícios da pintura (assim como a arte de maneira geral), para a mente e corpo. De cara podemos destacar a melhora na comunicação, pois estudos mostram que pessoas muitos tímidas ou retraídas, conseguem expressar melhor sentimentos e emoções ao pintar.
Juntamente com isso, temos também:
- Estímulo a atividade cerebral – como a pintura utiliza os dois hemisférios do cérebro, podemos trabalhar tanto o lado lógico quanto o criativo ao mesmo tempo;
- Coordenação – a prática e o exercício regular da pintura, faz com que o cérebro desenvolva conexões relacionadas a esta atividade. Ou seja, você trabalha sua motricidade com o aprendizado dos movimentos da mão. Inclusive com isso aprende-se a ter um controle manual mais fino e preciso, pois em muitas obras trabalha-se com detalhes;
- Concentração – como a pintura nos coloca em um estado de grande concentração, você também trabalha o seu cérebro para manter-se focado em uma atividade. Isso é especialmente benéfico nos dias de hoje, pois sofremos com inúmeros estímulos externos.
Os efeitos da pintura para idosos
Fica claro ao observarmos os exemplos acima, como a pintura pode ser benéfica para todas as idades. No entanto, ela traz um especial benefício para os idosos, especialmente por tratar-se de uma atividade suave, em que a idade não é um fator determinante para um bom desempenho.
Inclusive vale destacar as palavras da diretora do Centro Nacional de Envelhecimento Criativo em Washington, uma ONG afiliada à Faculdade de Medicina e Saúde da Universidade de Washington. Gay Hanna, sua diretora primeiro destaca um fato que “artistas geralmente não se aposentam”.
Isso é reforçado pelos exemplos que trouxemos no começo, como muitos artistas pintaram até o fim da vida. Além disso, ela destaca as novas perspectivas que a pintura traz para os idosos:
“Para os idosos cujos mundos frequentemente estão encolhendo, isso é muito bom; serem abertos, livres, engajados e valorizados. E as artes certamente podem fazer tudo isso por você”
Contudo, ela também reconhece que ainda há poucos estudos neste campo. Ainda assim, temos um estudo interessante feito pela Fundação de Saúde Mental da Grã-Bretanha em 2011. O que ela fez foi pegar diversos outros estudos realizados na década anterior e fazer um levantamento do que se constatou com eles.
Segundo a principal autora da pesquisa, Joanne McLean, alguns dos principais benefícios observados foram:
- Melhora na autoestima, pois muitos puderam experimentar uma nova perspectiva de vida. Tal fato deve-se que em muitos casos, os idosos eram aposentados;
- A melhor capacidade de concentração que a do jovem, o que faz do idoso um praticante em potencial das artes;
- A sabedoria adquirida ao longo da vida, possibilita que eles lidem melhor com a frustração de não atingir o resultado esperado de cara.
Pintura como parte do tratamento de Alzheimer e Parkinson
Por fim, falaremos do uso cada vez maior da pintura nos tratamentos destas doenças. Como sabemos, ambas não têm cura, mas podem ser atenuadas. E cada vez mais as artes ganham força como parte de seu tratamento.
Música, dança, entre outras muitas vezes entram neste tratamento, mas falando especificamente da pintura, ela traz os mais variados benefícios para os acometidos por estas enfermidades. Por exemplo: o exercício de pintar, como estimula as conexões cerebrais, melhora a coordenação. Sendo assim, permite que se amenize os efeitos do Parkinson, dando mais firmeza aos movimentos.
Falando do Alzheimer, não há ainda trabalhos mostrando o que acontece com os circuitos neurais no momento da pintura. Entretanto, temos um estudo recente feito na Suécia, feito por Boo Johansson e Emelie Miller, da Universidade de Gotemburgo.
Segundo os estudos feitos pela dupla, para além do prazer dos pacientes, com o uso do recurso da pintura, é possível obter vitórias na contenção da doença. Explica-se pelo fato de que qualquer estímulo intelectual ajuda.
O que se deduz a partir disso é que ao estimular o cérebro com a arte, criam-se caminhos alternativos. Sendo assim, formam-se novas conexões neurais, que substituem aquelas afetadas pela doença.
Conclusão
Para além de terapia alternativa para doenças degenerativas, a pintura para idosos traz diversos outros benefícios. Manter o cérebro ativo através da arte possibilita um envelhecimento mais saudável. Isso porque através do estímulo constante, continuamos a criar conexões neurais, algo que se perde muitas vezes quando não se faz nenhuma atividade.
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